Anúncio foi feito na noite desta quinta-feira, 24, em entrevista coletiva com a presença de quatro ministros
Após sete horas de reunião, o governo e um grupo de caminhoneiros anunciaram acordo para suspender, por 15 dias, a paralisação que afetava estradas de 25 estados e do Distrito Federal. O acordo foi anunciado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) em entrevista coletiva, na noite desta quinta-feira, 24. De acordo com ele, das 11 entidades que participaram das negociações, apenas a União Nacional dos Caminhoneiros não concordou com os termos.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) confirmou que também não concorda com a política do governo. Mais cedo, a associação abandonou a reunião com o governo.
Além de zerar a Cide sobre o diesel – medida já anunciada na terça-feira, 22 -, o governo se comprometeu a ressarcir a Petrobras para que a estatal estenda por um mês o desconto de 10% sobre o preço do diesel na bomba.
Na noite de quarta-feira, 23, o presidente da estatal, Pedro Parente, havia anunciado a redução do preço por 15 dias. De acordo com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a União se comprometeu a ressarcir a petroleira a partir do 16º dia.
Na coletiva, Guardia explicou sobre o gasto com a redução do preço do diesel. “Os primeiros 15 dias da compensação serão bancados pela Petrobras. Ao final do mês, veremos a diferença. A política de preços (dos combustíveis) está mantida”.
Ele esclarece que o preço de referência é R$ 2,10 (nas refinarias). “Teremos que apurar mês a mês a diferença. Nós não temos essa dotação orçamentária. Essa despesa contará com crédito extraordinário”. É uma subvenção arcada com recursos da União”, explica.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, diz que acordo será renovado a cada 30 dias.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, explica que foi montado um gabinete para acompanhar a crise provocada pela greve dos caminhoneiros. “Agimos com agilidade”, afirma.