29 de Maio de 2018
Diário Catarinense
Nono dia de greve afeta transporte público das maiores cidades de SC
Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Chapecó e Criciúma enfrentam redução nos horários dos ônibus nesta terça-feira
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O Globo
Manchete: Greve continua, e governo já prepara nova alta de impostos
Conta para atender às reivindicações de caminhoneiros é de R$ 13,5 bi
Apesar de dois acordos, movimento mantém 594 pontos de bloqueio
Mesmo após o fechamento do segundo acordo com o governo, a greve dos caminhoneiros completou oito dias ainda causando desabastecimento e graves transtornos. Ontem à noite havia 594 pontos de bloqueio nas rodovias do país. As suspeitas de locaute persistem, e a PF já abriu 48 inquéritos. A conta para atender aos pleitos dos grevistas deve ser de ao menos R$ 13,5 bilhões. A equipe econômica informou que será preciso elevar impostos, cortar despesas e reduzir incentivos. No Rio, com escolas e repartições públicas fechadas e transportes com frotas reduzidas, a segunda-feira teve clima de feriado. De forma tímida, os postos de combustíveis começaram a ser reabastecidos, com longas filas de espera. Hoje as escolas da rede municipal voltam às aulas. Hospitais continuam com cirurgias apenas de emergência. (PÁGINAS 21 a 26)
Pauta política se amplia; governo acusa ‘infiltrados’
Novas demandas, como a queda do presidente Temer e até intervenção militar, prolongam o movimento grevista. O governo acusa a ação de “infiltrados”. (PÁGINA 22)
Petrobras já perdeu 1/3 do valor de mercado
Desde início da greve, ações da estatal caíram 34,6%. Analistas veem temor de investidores em volta de uso político da empresa. (PÁGINA 23)
Pré-candidatos fazem coro contra reajustes
Nove postulantes ao Planalto responderam sobre a greve e atacaram a política de preços da Petrobras. (PÁGINA 3)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: O que mais eles querem
A paralisação dos caminhoneiros escapou ao controle das associações da categoria e chegou ao 8.º dia ontem, mesmo após o governo ter aceitado praticamente tudo o que o movimento pediu. Diante de um quadro de ausência de lideranças e de exigências claras por parte dos manifestantes, o País passou a questionar: o que querem os caminhoneiros que insistem em manter a população refém de suas vontades? Entre as possíveis respostas está a do presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, para quem o movimento ganhou caráter político. “Tem um grupo muito forte de intervencionistas fazendo greve. Estão prendendo caminhões e tentando derrubar o governo”, disse. Segundo a Abcam, pelo menos 250 mil grevistas permaneceram fiéis ao movimento, ontem. No grupo, que tem as redes sociais como aliadas, estão motoristas autônomos adeptos do “quanto pior, melhor” e divididos entre os que pedem intervenção militar no País (eleitores de Jair Bolsonaro), os que trabalham pela deposição de Michel Temer e os que pedem a liberdade do ex-presidente Lula, condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro. O Planalto diz ter indícios de que possa haver “infiltrados” na greve. Para o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros, José Araújo Silva, a situação está “sem controle”. Até ontem, os grevistas haviam conseguido diesel mais barato, reajuste mensal, isenção de pedágio para eixo suspenso e valor mínimo para frete. Agora, querem a redução no preço de todos os combustíveis. (ECONOMIA / PÁGS. B1 a B12)
Governo deve aumentar imposto
O governo terá de aumentar imposto ou reduzir benefícios tributários de outros setores para compensar a perda de arrecadação com as concessões feitas aos caminhoneiros, segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Uma das alternativas em estudo é reduzir ou acabar com o Reintegra, programa de incentivo a empresas exportadoras. (PÁG. B6)
Bolsa cai 4,49% e dólar vai a R$ 3,73 (PÁG. B7)
Hospitais públicos cancelam cirurgias (PÁG. B8)
Motorista fica 24 horas na fila para abastecer (PÁG. B8)
Greve de professor atinge 72 escolas
A categoria decidiu parar após impasse para aprovar a convenção coletiva. O sindicato patronal propôs as alterações dos benefícios alegando dificuldades financeiras. (PÁG. A16)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Boicote continua apesar de acordo; governo fala em infiltração política
Temer diz que crise será encerrada logo, ‘se Deus quiser’; desabastecimento piora e donos de postos sofrem ameaça em SP
Pelo oitavo dia consecutivo, e após três concessões do governo, caminhoneiros permaneceram paralisados ontem, comprometendo o abastecimento e serviços em todo o país. De acordo com balanço oficial, 556 bloqueios totais ou parciais estavam ativos ontem em rodovias federais, em 23 estados e no Distrito Federal. A mobilização também recebeu apoio de outros setores, incluindo motoristas de vans e fretados e motoboys, que reclamam do preço dos combustíveis. Diante da manutenção dos protestos, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a Polícia Rodoviária Federal atuará para retirar “infiltrados políticos” de pontos de paralisação. Para ele, essas pessoas agem para que a crise de desabastecimento não seja encerrada. O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, um dos líderes da paralisação, concordou com a avaliação. “Não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. São pessoas que querem derrubar o governo.” O presidente Michel Temer (MDB), por sua vez, afirmou que, “se Deus quiser”, a crise terminará logo. Em São Paulo, o governo enfrenta recusa de proprietários de postos para receber combustíveis. Eles dizem ter recebido ameaças e temem atos de violência praticados por grupos ligados aos grevistas. O abastecimento na capital paulista continua comprometido. A frota de ônibus deve circular com 70% dos veículos nos horários de pico e 60% no restante. Os trens da CPTM e do Metrô terão horário estendido. (Mercado p.1)
Manifestantes agora pedem saída de Temer e diesel barato
Caminhoneiros que seguem nas estradas dizem que a queda de R$ 0,46 no preço do diesel é insuficiente para amenizar a crise do setor. Eles querem redução maior e permanente no valor do produto. Parte dos manifestantes também pede a saída do presidente Michel Temer e a intervenção militar. (Mercado p.1)
Bolsonaro diz ser contra intervenção militar
O presidenciável Jair Bolsonaro defendeu, em entrevista à Folha, o fim da paralisação dos caminhoneiros. “Não interessa o caos agora.” Ele repeliu pedido de intervenção militar, defendida por parte dos manifestantes. No primeiro dia de paralisação, ele apoiou os caminhoneiros e prometeu proposta para revogar multas. Bolsonaro é, no entanto, autor de projeto que prevê pena de prisão a quem bloqueia o trânsito. (Poder 11)
Presidente do Paraguai renuncia por vaga no Senado
Horacio Cartes deixaria o cargo em 15 de agosto, quando o recém-eleito Mario Benítez tomará posse. Cartes se elegeu senador e quer assumir o mandato em 1º de julho. (Mundo A8)
Para Luiz Marinho, Dilma exagerou no controle de preços (Poder A6)
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