Grupo de risco: Canoinhas tem 12,5% da população com mais de sessenta anos

Na região, Porto União é a cidade com maior número de pessoas acima de 60 anos; 14,2% da população

 

 

 

Pelo menos 12,5%, ou cerca de 5.646 pessoas que moram em Canoinhas fazem parte do grupo de risco mais vulnerável ao novo coronavírus, causador da covid-19. São pessoas que estão na faixa etária dos 60 aos 100 anos conforme o censo de 2010, base de dados mais recente para se mensurar a população brasileira. A atualização destes dados é mensurada anualmente com base em estatística.

 

 

 

 

A taxa de mortalidade entre pessoas com 80 anos ou mais na atual pandemia do coronavírus é 13 vezes maior do que na faixa de 50 a 55 anos. Nesta faixa estão pelo menos 663 moradores de Canoinhas.

 

 

 

Mesmo entre os maiores de 65 anos, dados do Ministério da Saúde mostram que elas são quase 80% das vítimas da covid-19.

 

 

 

Na região, Porto União é a cidade com maior número de pessoas acima de 60 anos. São 14,21% da população. Mafra vem na sequência com 13,02% da população. O menor percentual está em Timbó Grande (8,49%).

 

 

CIDADE 60 ou mais 60 a 69 70 a 79 80 ou mais
Bela Vista do Toldo 11% 6% 3,44% 1,58%
Canoinhas 12,54 7,04 3,91 1,59
Irineópolis 11,84 6,28 4 1,56
Itaiópolis 11,89 6,61 3,73 1,55
Mafra 13,02 7,22 3,91 1,89
Major Vieira 11,84 6,48 3,93 1,43
Monte Castelo 12,26 6,27 4,14 1,85
Papanduva 11,75 6,34 3,51 1,9
Porto União 14,21 7,52 4,59 2,11
Timbó Grande 8,49 5,13 2,34 1,01
Três Barras 10,03 5,93 2,82 1,27
Fonte: FGV Social

 

 

 

A média nacional de pessoas com mais de 60 anos é 10,5%, o que mostra que a maioria das cidades da região tem percentual de idosos superior à média brasileira.

 

 

 

No geral, os idosos brasileiros são proporcionalmente mais ricos e das classes A/B e C, um quinto deles são chefes de família, vivem em maior número nas regiões Sul e Sudeste e habitam relativamente menos as periferias e favelas.

 

 

 

 

Considerando apenas o risco etário, as regiões menos propensas a ter um número absoluto significativo de mortes são a Norte (com 7,9% de idosos), a Centro-Oeste (8,7%) e a Nordeste (10%). O risco aumenta no Sudeste e no Sul, com média de 11,5%. Estas informações foram levantadas em um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

 

 

 

O estudo mostra que entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil, 61% são pais e mães, fato que também sugere dificuldades na política atual de isolamento familiar de vulneráveis e na eventual decisão de isolar verticalmente alguns grupos de risco.

 

 

 

 

Por outro lado, os domicílios com idosos são 25,6% menores em número de pessoas do que a média, o que pode limitar o contágio.

 

 

 

Em relação à distribuição por faixas de renda, os idosos somam 17,5% entre os 5% mais ricos e apenas 1,7% entre os 5% mais pobres.

 

 

 

 

Além de os idosos terem renda relativamente mais elevada, ela também é estável por causa de aposentadorias do INSS (quase 60% recebem) e de repasses do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

 

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