Guia espiritual é condenado a dez anos de prisão por abusos sexuais

Acusado alegava estar incorporado por uma entidade

 

Um homem foi condenado a dez anos e quatro meses de prisão pelos crimes de posse sexual, atentado ao pudor e violação sexual, entre os anos de 2008 e 2009 em Mafra.

 

Segundo a Polícia Civil, o homem trabalhava como guia espiritual no município. Ele alegava estar incorporado por uma entidade e induzia menores de idade a praticar atos libidinosos.

 

 

Conforme denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, ele também vendia a ideia de que estas entidades cobravam favores sexuais em troca da solução de problemas.

 

 

Segundo relatos, o líder espiritual ordenava que as vítimas retirassem as roupas durante consultas reservadas. Elas também sofriam ameaças para não contar sobre os abusos, se não, sofreriam “punições espirituais”.

 

 

O réu tentou buscar absolvição do caso, sob alegação de deficiência probatória em razão da falta de provas. Ele também afirmou que era perseguido por outro guia espiritual da região.

 

 

 

Entretanto, as investigações da Polícia Civil conseguiram identificar pelo menos três vítimas dos abusos.

 

 

Segundo o relator do caso, desembargador José Everaldo Silva, a palavra delas foi a principal fonte de prova, tendo em vista que somente as vítimas e seu algoz encontravam-se presentes na fatídica cena criminosa.

 

 

 

O processo foi julgado pela 4º Vara Criminal do TJSC e teve decisão unânime.

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