Sábado, 21 de novembro de 2020
O Globo
Manchete: Barbárie no mercado
João Alberto, negro, é espancado até a morte na véspera do Dia da Consciência Negra
No dia da Consciência Negra, os brasileiros acordara ontem em choque com o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, negro, de 40 anos, espancado até a morte por dois seguranças brancos em um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre. O crime provocou manifestações em diversas cidades e condenação pela cúpula dos poderes Legislativo e Judiciário. O vice-presidente Hamilton Mourão, no entanto, disse que “no Brasil não existe racismo”. PÁGINAS 17 E 19.
- Cotas para negros e mulheres têm indícios de ‘laranjas’
- Volta da classe alta às compras aquece comércio
- Imunidade após Covid pode durar seis meses
- Consumo potencial de favelas o País é de R$ 159 bilhões ao ano
- Contato com coronavírus já afeta 20% dos jogadores
- Um petshop de R$ 6,9 bilhões e 57 mil acionistas
Folha de S. Paulo
Manchete: Homem negro morre espancado por seguranças do Carrefour no RS
Assassinato é filmado por testemunhas e gera onda de protestos pelo País; rede diz que ato foi brutal e demite envolvidos
João Alberto Silveira Freitas, 40, foi espancado e morto na noite de quina-feira (19) por dois seguranças de um supermercado Carrefour em Porto Alegre. Homem negro, morreu sob as vistas de testemunhas e teve seu assassinato filmado na véspera do Dia da Consciência Negra.
Laudo preliminar aponta asfixia como a causa mais provável da morte. Segundo a delegada que apura o crime, Roberta Bertoldo, os seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva ficaram em cima de Freitas quando o espancavam, dificultando sua respiração. Os homens que trabalham para a empresa Vector, foram presos em flagrante por homicídio qualificado.
O Carrefour classificou a morte como “brutal” e disse que reverterá sua receita de ontem no País para projetos de combate ao racismo, romperá com a Vector e demitirá funcionários envolvidos.
O vídeo do assassinato se disseminou por redes sociais e gerou onda de indignação e revolta em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, onde manifestações pelo Dia da Consciência Negra – a data não é feriado na capital gaúcha – ganharam corpo.
Um dos atos acabou em quebra-quebra e incêndio de unidade da rede em São Paulo. COTIDIANO B1
- Em caso de negro com deficiência, rede viu exagero
- Racismo tira dois anos de aprendizado de aluno preto
- Para maioria, pandemia deve piorar em 2021
- Seis capitais estão com mais de 80% de lotação de UTIs
- Covas esbarras em jovens, e Boulos almeja mais pobres
O Estado de S. Paulo
Manchete: Assassinato de homem negro provoca protestos pelo País
João Alberto Freitas foi espancado até a morte por vigias do Carrefour; polícia vai investigar motivação racial
João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte por dois homens brancos em um supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. O laudo médico aponta morte por asfixia. Os assassinos, um segurança do estabelecimento e um policial militar temporário, serão indiciados por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, impossibilidade de defesa e asfixia. Outras pessoas serão investigadas por omissão de socorro. Não está claro o que aconteceu antes do crime. Para o pai da vítima, houve motivação racial, o que será investigado pela Polícia Civil. Imagens divulgadas ontem mostram Freitas sendo agredido com pelo menos 12 socos e o momento em que um dos vigias usa o joelho para imobilizálo. O crime provocou protestos e depredações de lojas do Carrefour pelo País. PÁGINAS A10 E A22.
- Salário médio em estatais chega a R$ 31,3 mil, sem contar diretorias
- 6,3 mil mulheres tiveram um ou zero voto nas eleições
- Covas fala em Lava Jato municipal; Boulos lança frente
- Pfizer pede uso emergencial de vacina nos EUA
- Trump amplia pressão a Legislativos estaduais
- Lojistas tentam renegociar aluguel com alta de IGP-M