Ideb: apenas anos iniciais do ensino fundamental atingem meta do governo

Foto: A presidenta do Consed, Maria Ilene Badeca; a secretária de Educação Básica, Maria Beatriz Luce; o ministro Henrique Paim, o presidente do Inep, Francisco Soares, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Macaé Evaristo, e a presidenta da Undime, Cleuza Repulho, durante coletiva sobre os resultados do Ideb/Isabelle Araujo/MEC

Da Agência Brasil

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013, divulgado nesta sexta-feira, 5, pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que o ensino médio e os anos finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano) não conseguiram atingir a meta prevista de qualidade do ensino. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5° ano), o Ideb superou a meta em 0,3 ponto.

Para os anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb passou de 5, em 2011, para 5,2, em 2013, atingindo a meta estipulada de 4,9. Para os anos finais desta etapa de ensino, o Ideb passou de 4,1, em 2011, para 4,2, em 2013. Nesse caso, a meta era 4,4. No ensino médio, a meta estabelecida era 3,9 e o Ideb atingido foi 3,7. O ensino médio foi a única das etapas que não teve crescimento no Ideb, quando comparado com a nota anterior, de 2011, que também foi 3,7.

O ministro da Educação, Henrique Paim, disse considerar que, futuramente, o avanço dos anos iniciais poderá ter impacto positivo nas etapas seguintes de estudo. Ele disse que, além disso, é preciso analisar os elementos que devem ser trabalhados para melhorar os resultados dos anos finais do ensino.

Quanto ao ensino médio, o ministro lembrou que o governo vem discutindo medidas para aprimorar essa fase. “Precisamos trabalhar a questão do currículo, ampliar a flexibilidade do currículo. No ensino médio, temos uma situação em que a maioria dos educadores sabe que é necessário rever essa etapa. Eu diria que o esforço que fizemos em relação ao ensino médio é mais recente do que o que fizemos em relação aos anos iniciais”, ressaltou.

O Ideb avalia a qualidade do ensino do país com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC. Desde a criação do indicador, foram estabelecidas metas que devem ser atingidas a cada dois anos por escolas, prefeituras e governos estaduais.

 

SANTA CATARINA

Também na tarde desta sexta-feira, 5, o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, apresentou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 2013 para Santa Catarina.

De acordo com os números apresentados, Santa Catarina manteve o crescimento nos anos iniciais do Ensino Fundamental passando de 5,8 para 6,0. “A principal atribuição do crescimento se deve ao trabalho de alfabetização aos 6 anos no Estado. Nesta etapa de ensino, nossos números são semelhantes aos indicadores de países desenvolvidos”, comenta Deschamps.

Nos anos finais, o Estado teve uma pequena queda passando de 4,9 para 4,5, porém se manteve entre os cinco com melhor desempenho. No Ensino Médio, o índice passou de 4,3 para 4,0. “O resultado se deve, em partes, à aprovação automática. Após análise dos índices das escolas estaduais no IDEB 2011, diagnosticamos graves deficiências de aprendizagem e baixo grau de comprometimento de alunos com os estudos. Por isso, em 2013, decretamos o fim da aprovação automática e a implementação do Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem (Penoa) como ferramenta de garantia de uma aprendizagem adequada a todos os alunos da rede estadual”, explica o secretário.

Outras ações também estão em andamento desde o ano passado, com ênfase a aprendizagem. Entre elas, destaque para: ampliação dos programas de formação continuada dos professores (PNAIC, SisMédio), ampliação da educação em tempo integral, concurso de quadro efetivo e melhoria salarial, informatização do Apoia – Programa de Prevenção à Evasão Escolas, em parceria com o Ministério Público Estadual, e o novo sistema de gestão escolar.

“Não devemos permitir que nenhum estudante siga adiante sem ter o devido aprendizado. Com estas medidas, o IDEB de SC, a ser divulgado em 2016, deve dar um novo salto qualitativo e retomar a liderança no Brasil”, finaliza Deschamps.

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