Apenas Três Barras apresenta bom desempenho na área econômica: enquanto arrecadação de ISS cresce 67%, município zerou o caixa em 2014, aponta Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável
O escritório de Canoinhas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) liberou nesta semana dados do Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS) de cidades da região. Compilação de diversos dados, o IDMS tem como objetivo avaliar o Município segundo o seu nível de desenvolvimento sustentável. “Além disso, é uma ferramenta que busca auxiliar os agentes públicos a situarem-se em relação ao cenário atual e a prospectarem um cenário futuro desejável a partir das prioridades municipais visando a conquista de patamares mais elevados de sustentabilidade e bem-estar social”, diz o IBGE.
Esse índice corresponde à média aritmética de quatro dimensões – Político Institucional, Sociocultural, Ambiental e Econômica – agregada por nove subdimensões, 30 indicadores e 62 variáveis. A classificação do Município no IDMS varia entre 0 e 1, nesse caso, quanto mais próximo de 1, mais sustentável é o Município.

No caso de Canoinhas, o IDMS de 2014 foi de 0,715, valor considerado médio, que corresponde a um aumento de 0,42% com relação ao IDMS de 2012 (0,712). O melhor desempenho da cidade está no quesito ambiental (0,824) e a maior fragilidade está na questão econômica (0,638).
A subdimensão econômica se baseia no nível de renda (0,544), dinamismo econômico (0,574) e agregação do valor econômico (0,796). Em termos de valores, a remuneração média dos canoinhenses no período foi de R$ 1.353. O parâmetro considerado ideal é de R$ 2.463,81. A pobreza atinge 9,12% dos moradores da cidade. Enquanto que em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 12,67%, em 2014 foi apenas a 5,51%. A saúde financeira de Canoinhas, no entanto, é positiva, com índice 0,866.
MAJOR VIEIRA

Major Vieira tem IDMS de 0,549, valor abaixo do alcançado em 2012 (0,586). A maior fragilidade também está na área econômica (0,481), enquanto que o melhor desempenho está na área sociocultural (0,613). De acordo com o nível de classificação do IDMS, seu resultado indica que o Município está na posição Médio Baixo de sustentabilidade, refletida pelos indicadores de Saúde (0,746), Educação (0,644), Cultura (0,165) e Habitação (0,451), compilados no índice sociocultural.
Na questão econômica, a renda atinge nível crítico (0,283). O salário médio pago na cidade é de R$ 1.280 e 18,83% da população vivem na pobreza.
TRÊS BARRAS

Três Barras melhorou seu desempenho no IDMS de 2012 (0,614) para 2014 (0,653). Ao contrário dos demais municípios, seu melhor desempenho está na dimensão econômica (0,726) e o pior na política institucional (0,607). Embora o Município tenha remuneração média de R$ 1.873 e 12,22% da população vivendo na pobreza, a agregação de valor econômico chega a 0,858. Esse índice corresponde diretamente a arrecadação de tributos municipais. O crescimento de arrecadação em Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) entre 2012 e 2014 foi de 67,38%. Mesmo assim, a saúde financeira do Município teve queda que foi de 0,892 (2012) para 0,407 (2014). A queda se deve a insuficiência de caixa, que consiste na diferença entre ativo financeiro disponível e as obrigações financeiras assumidas (restos a pagar). “Essa informação versa sobre saúde financeira do Município, em especial no final do mandato dos gestores, que veda contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. No índice de 2014, Três Barras apresentou insuficiência em caixa para o exercício orçamentário de 2012”, explica o relatório disponibilizado pelo IBGE.
BELA VISTA DO TOLDO

O IDMS de Bela Vista do Toldo foi de 0,552 (2012) a 0,525 (2014), culpa, em boa parte, da gestão ambiental (foi de 0,418 para 0,393). A área sociocultural apresenta melhor desempenho (0,672).
Segundo o relatório, a cobertura de saneamento básico (0,207) é incipiente e a estrutura da gestão ambiental é crítica (0,075). Em termos de preservação ambiental, o Município atingiu índice próximo da excelência (0,897). A coleta de lixo atinge somente 23,42% do Município e somente 27,83% da população têm fossa séptica em casa. “Os instrumentos de gestão ambiental são as características básicas que um Município deve dispor para responder minimamente às pressões e impactos sofridos pelo meio ambiente. Neste caso, o Indicador Estrutura de Gestão Ambiental apresentou índice, em 2014, de 0,075, queda de 50% em relação a 2012 (0,15). Esse resultado indica o Baixo grau de desenvolvimento sustentável que o Município possui nessa área”, anota o relatório do IBGE.
IRINEÓPOLIS

Irineópolis tem IDMS de 0,600. Seu melhor desempenho está na área ambiental (0,655) e o pior na área econômica (foi de 0,695 em 2012 para 0,550 em 2014). O dinamismo econômico da cidade caiu de 0,841 (2012) para 0,462 (2014) e o nível de renda segue baixo (de 0,468 para 0,474). A renda média mensal é de R$ 1.325 e 11,66% da população vivem na pobreza. Enquanto em 2012 o PIB da cidade avançou 23,73%, em 2014 cresceu 0,40%.
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