Índices de violência estão em queda em Santa Catarina, comemora governo

Dos 295 municípios catarinenses, em 211, ou seja, 71,5%, não há registros de homicídios desde o início deste ano                                                                                      

 

Todos os índices de violência em Santa Catarina estão em queda desde o início do ano, revelou o secretário de Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, no seminário Estratégias Integradas de Segurança Pública, promovido pelo Tribunal de Justiça, na semana passada, em Florianópolis. O resultado, acrescentou, decorre da estratégia traçada para o setor junto ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, e o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Flávio Ghizzoni Júnior. Em linhas gerais, elas estabelecem investimentos em tecnologia e inteligência, operações integradas dos órgãos de segurança, interação com outros órgãos públicos, otimização do efetivo, aproximação com a sociedade e monitoramento de resultados.

 

 

O secretário salientou que, dos 295 municípios catarinenses, em 211, ou seja, 71,5%, não há registros de homicídios desde o início deste ano. Em 39 deles, 46,4%, apenas uma morte. Alceu de Oliveira disse ainda que o maior número de ocorrências desta natureza tem se concentrado na Grande Florianópolis, Norte e Vale do Itajaí.

 

 

Na região de Canoinhas, há dois homicídios registrados recentemente, sem solução. Um deles ocorreu em Três Barras e o outro, em Bela Vista do Toldo.

 

MAIS CÂMERAS DE VIGILÂNCIA 

Entre os investimentos recentes no setor, estão os em câmeras de vigilância em áreas públicas. O Estado conta com mais de 2,5 mil delas instaladas e em operação e, em março passado, abriu a possibilidade para a sociedade disponibilizar as suas à Secretaria de Segurança Pública. O material, comentou o secretário, será avaliado por softwares específicos que estão sendo comprados pela pasta. Entre eles, de identificação facial e de voz, de comportamentos dissonantes (discrepantes) com o ambiente onde estão instaladas e de reconhecimento de caracteres de placas de veículos (OCR).

 

 

Desde o lançamento do edital, o número de câmeras já disponibilizadas é superior ao dobro das utilizadas pela SSP e a secretaria calcula que, até o final do ano, deverão se aproximar de 10 mil. O documento pode ser obtido no Portal de Compras do Governo do Estado.

 

 

 

ÍNDICES DE VIOLÊNCIA EM SANTA CATARINA

Homicídios: – 15,4%
Latrocínios: -28,6%
Roubo: -31,7%
Roubo de Carga: -45,1%
Roubo de Veículo: -21,3%
Furto: -18,4%
Furto de Carga: -37%
Furto de Veículo: -25,5%
Roubo/Furto à Instituição Financeira: -47,2%
Apreensão de Armas: -12,9%
Apreensão de drogas (kg): +21,1%

 

DESTAQUE NACIONAL

Após ser apontado como o Estado com a cidade mais segura do Brasil, no programa Fantástico do dia 22 de abril, Santa Catarina voltou a ser destaque nacional. Reportagem da Folha de S. Paulo, deste domingo, 28, ressalta o espírito empreendedor e a diversidade econômica que impulsionam os catarinenses. “O Estado está bem. A nossa indústria se desenvolve, geramos mais emprego do que qualquer outro estado brasileiro em 2017 e estamos em segundo lugar este ano, só atrás de São Paulo. Temos a tecnologia e inovação avançando. Há bons exemplos nas mais diversas áreas”, destaca o governador Eduardo Pinho Moreira.

 

 

Para o governador, o grande desafio da gestão pública é a burocracia e o enxugamento da máquina. “É hora de enfrentar esta realidade e garantir que esse crescimento econômico aumente e garanta mais desenvolvimento e qualidade de vida à população”, afirma.

 

 

Com medidas austeras, cortes e otimização de recursos, em 2018 Santa Catarina conquistou avanços importantes em setores priorizados pelo Executivo estadual. Na saúde, por exemplo, a revisão de contratos em poucos meses garantiu uma economia mais de R$ 9 milhões aos cofres públicos. O abastecimento de insumos e medicamentos passou de 36% para cerca de 81%. Em alguns medicamentos, o governo catarinense passou a economizar 50% do valor da compra. “Economia que é revertida em serviços, melhorando o atendimento à população”, explica Eduardo Pinho Moreira.

 

ESTADO MENOS DESIGUAL

De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, Santa Catarina é o Estado menos desigual do país e dribla a crise gerando empregos. O avanço no setor de tecnologia, um dos “motores da economia local” , ao lado do turismo, também é destaque da matéria. A taxa de desemprego é a mais baixa do Brasil, 6,3%. Em 2017 o PIB catarinense cresceu 2,6 %, contra 1% da média nacional, apresentando a 3º maior renda do país, e a produção industrial, em 12 meses, foi de 5,1%, sendo que a média nacional foi de 3%.

 

 

Santa Catarina também apresenta a menor taxa de mortalidade infantil (11,8%), e a maior expectativa de vida (79,1 anos).

 

 

INOVAÇÃO

No turismo, Santa Catarina comemorou os números da última temporada, que injetou mais de R$ 10 bilhões à economia. E na área de tecnologia e inovação, além de fomentar o setor com a implantação de 13 centros, em parceria com os municípios, e investimento de R$ 100 milhões, o Estado se prepara para inaugurar nos próximos dias o primeiro Laboratório Catarinense de Tecnologia e Inovação, que vai conectar a gestão pública ao ambiente tecnológico e de inovação, não só catarinense, mas ultrapassando as fronteiras nacionais.

 

 

O Estado ainda fomenta novas ideias e a abertura de empresas do setor, através de projetos como o Sinapse da Inovação, hoje referência nacional. Outro projeto de destaque é o Pacto pela Inovação, idealizado por Santa Catarina e que congrega mais de 35 entidades, trabalhando de forma planejada e integrada para fomentar a inovação. O Estado é hoje uma referência nacional no assunto.

 

 

DESAFIOS
Em 2017, mais da metade dos estados brasileiros ultrapassaram o “limite de alerta” com a folha de pagamento. Santa Catarina está entre eles. Por isso, segundo o governador Eduardo Pinho Moreira, o desafio atual é enfrentar o tamanho da máquina pública e a burocracia da gestão. “As dificuldades têm que ser enfrentadas com coragem, porque o poder público não tem mais o direito de atrapalhar o desenvolvimento. A união de esforços é fundamental”, afirma.

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