Índices mostram que economia de Municípios da região encolheu

Índice Firjan de Gestão Fiscal e Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável cruzam dezenas de dados que mostram situação crítica                                                                 

 

Que a situação financeira de todos os Municípios brasileiros é crítica, disso todo mundo já sabe. Quantificar e expor dados que mostram o quão grande é a crise é o objetivo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao tabularem o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) e o Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS), respectivamente.

Os dados, ambos divulgados na semana passada, mostram que na região de Canoinhas, todos os Municípios tiveram queda drástica na arrecadação nos últimos anos. A exceção é Três Barras que, segundo o IDMS teve seu melhor desempenho na dimensão econômica (0,726, num ranking que vai de 0 a 1). Embora o Município apresente remuneração média de R$ 1.873 e 12,22% da população vivendo na pobreza, a agregação de valor econômico chega a 0,858. Esse índice corresponde diretamente a arrecadação de tributos municipais. O crescimento de arrecadação em Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) entre 2012 e 2014 foi de 67,38%. Mesmo assim, a saúde financeira do Município teve queda que foi de 0,892 (2012) para 0,407 (2014).  A queda se deve a insuficiência de caixa, que consiste na diferença entre ativo financeiro disponível e as obrigações financeiras assumidas (restos a pagar).

No caso de Canoinhas, o IDMS de 2014 foi de 0,715, valor considerado médio, que corresponde a um aumento de 0,42% com relação ao IDMS de 2012 (0,712). O melhor desempenho da cidade está no quesito ambiental (0,824) e a maior fragilidade está na questão econômica (0,638).

Já no Índice Firjan, o item no qual apresenta maior fragilidade é a receita própria (0,4457). Apesar da piora nos últimos anos, a cidade está à frente de grandes pólos econômicos como Jaraguá do Sul (95ª posição em SC) e Blumenau (180ª posição).

Em 2009, quando Leoberto Weinert (PMDB) administrava o Município, Canoinhas atingiu a melhor posição da década passada no ranking (0,6804), sempre enquadrada no conceito B. Desde o primeiro ano do mandato de Faria, passou ao conceito C. O ano de 2013 foi o pior (0,4636), apresentando leve melhora em 2014 (0,5856) e 2015 (0,5843). Desde 2009, no entanto, vem caindo a receita do Município, tendo leve melhora no ano passado, quando saiu do pior conceito (D) para o conceito C.

O IBGE mostra que a remuneração média dos canoinhenses em 2014 foi de R$ 1.353. O parâmetro considerado ideal é de R$ 2.463,81. A pobreza atinge 9,12% dos moradores da cidade. Enquanto que em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 12,67%, em 2014 foi apenas a 5,51%. A saúde financeira de Canoinhas, no entanto, é positiva, com índice 0,866.

 

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