O Globo
Manchete : Relator aponta indícios de crimes de Dilma
Texto que recomenda impedimento da presidente será votado segunda
Palácio do Planalto minimiza importância do relatório e volta a classificar o processo de golpista; sessão tumultuada tem troca de agressões entre deputados governistas e de oposição
Numa sessão tumultuada, com troca de agressões entre os deputados, o relator da comissão do impeachment na Câmara, Jovair Arantes (PTB), recomendou a continuidade do processo contra a presidente Dilma e disse ver indícios de que ela cometeu crime de responsabilidade nas “pedaladas” fiscais. Para evitar contestação, o relator limitou-se aos atos de 2015 da presidente. O relatório foi saudado pela oposição, que cantou o Hino Nacional, e criticado por governistas. O Palácio do Planalto minimizou a importância da recomendação pelo prosseguimento do processo, que chamou de golpista. (Págs. 3 a 5)
Nordeste no fim da lista de votação
Cinco estados do Nordeste, reduto petista, estão no fim de lista que circula na Câmara para votação do impeachment no plenário da Casa. (Pág. 5)
Temer rejeita proposta de nova eleição: ‘É jeitinho’
O vice Michel Temer, que assumirá a Presidência caso o impeachment da presidente Dilma seja aprovado, chamou de “jeitinho” a proposta de convocar novas eleições. Já para o presidente do Senado, Renan Calheiros, é uma “boa ideia” um plebiscito sobre a realização de eleições gerais. (Págs. 6 e 7)
Processo contra Cunha já dura 156 dias
Em nova manobra, o presidente da Câmara pediu o cancelamento de oito depoimentos no Conselho de Ética. (Pág. 10)
Trabalhador tem menor ganho em 11 anos
Os trabalhadores conseguiram, ano passado, reajuste médio de apenas 0,23% nos acordos coletivos acompanhados pelo Dieese, no pior resultado desde 2004. Ontem, dezenas de pessoas fizeram fila na estação do metrô da Carioca para tentar uma das mais de 8 mil vagas oferecidas para as Olimpíadas. A empresa recebeu 1.606 inscrições esta semana. (Pág. 24)
Para Delfim, petista é a culpada pela crise
Para o ex-ministro Delfim Netto, será preciso recuperar a governabilidade e conduzir reformas para resgatar a economia. Delfim culpa a presidente Dilma pela crise: “Vivemos num sistema presidencialista de coalizão, e a presidente não ‘presidencializa’ nem ‘coaliza’.” Para ele, medidas como cogitar baixar a gasolina são voluntaristas e oportunistas. (Pág. 27)
Senado aprova regras para fundos
O Senado aprovou projeto que estabelece regras para disciplinar indicações e tentar coibir o aparelhamento político dos fundos de pensão. O texto vai para a Câmara. (Pág. 11)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Relator do impeachment vê indícios de crime de Dilma
32 dos 65 participantes da comissão na Câmara se declararam ontem a favor do impedimento da presidente
Relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) concluiu em seu parecer apresentado ontem haver indícios de que a petista cometeu crimes de responsabilidade e, por isso, deve ter seu impedimento julgado pelo Congresso. Ele citou a abertura de créditos suplementares sem autorização do Legislativo e a contratação ilegal de operações de crédito, as “pedaladas fiscais”. Para o relator, Dilma “tinha conhecimento do caráter proibitivo e da ilicitude da conduta”. Levantamento do Estado mostra que ontem 32 dos 65 deputados participantes do colegiado se declaravam a favor e 21 contra o impeachment. São necessários 33 para que o parecer do relator seja aceito. Nove estão indecisos, dois não foram achados e um não quis revelar o voto. Essas posições podem mudar com as negociações em curso no Congresso. O parecer de 128 páginas será discutido amanhã na comissão e votado na segunda-feira. Houve protesto do lado de fora do plenário e bate- boca de governistas e oposicionistas no início da sessão. (Política/Pág. A4)
Após ganhar cargo, PP diz que fica no governo
Dono da terceira maior bancada da Câmara, com 48 deputados, o PP anunciou que vai permanecer na base do governo até a votação do impeachment de Dilma Rousseff. A decisão foi tomada após o Planalto entregar ao partido a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O governo também nomeou aliado do ex=presidente José Sarney (PMDB). (PÁG. A6)
Temer ironiza decisão do STF e novas eleições
O vice-presidente Michel Temer se disse ontem “extremamente espantado” com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello de determinar abertura de comissão na Câmara para analisar pedido de impeachment contra ele. Temer afirmou que, ao ler o despacho, pensou que teria de “voltar ao primeiro ano da faculdade de Direito” e disse não ter feito pedaladas fiscais ao assinar decretos que elevavam gastos. O vice chamou de “jeitinho” a proposta de convocar eleições gerais para resolver a crise política. (Pág. A7)
TCU manda parar reforma agrária por causa de fraude
O Tribunal de Contas da União(TCU) determinou a paralisação da reforma agrária no País. Uma auditoria identificou mais de 578 mil beneficiários irregulares, um terço de todas as famílias atendidas pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra). Entre os problemas encontrados, está uma lista de 1.017 políticos que receberam “criminosamente” lotes do programa. A lista incluiu 847 vereadores, 96 deputados estaduais, quatro prefeitos e um senador. Procurado pela reportagem, o Incra não se manifestou. (Política/Pág. A10)
Reportagem Especial: A offshore de Robson Marinho
Documentos da empresa panamenha Mossack Fonseca ligam o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Robson Marinho à offshore Higgins Finance, acusada de receber propina da multinacional francesa Alstom. Há dois anos, o Departamento de Compliance da Mossack descobriu que Marinho tinha problemas na Justiça e abriu processo contra ele. (Política/Pág. A11)
Folha de S. Paulo
Manchete: Empreiteira afirma ter financiado campanhas de Dilma com propina
Esquema super faturava obras e usava doações legais, diz ex-presidente da Andrade Gutierrez; comando petista nega acusação
Ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez afirmou ter feito doações legais às campanhas de Dilma Rousseff (PT) de 2010 e 2014 usando propinas oriundas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico, informam Bela Megale, Graciliano Rocha, Valdo Cruz e Leandro Colon. A informação consta na delação premiada de Otávio Marques de Azevedo no âmbito da Operação Lava Jato. O acordo ainda não foi homologado pelo Supremo. Em 2014,a segunda maior empreiteira do país doou oficialmente R$ 20 milhões para a reeleição da petista. O esquema teria envolvido R$ 10 milhões, ligados às obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte e do Complexo Petroquímico do Rio. Ações no Tribunal Superior Eleitoral pedem a cassação da chapa de Dilma e Michel Temer por ter, entre outras acusações, se beneficiado de desvios da Petrobras. O comando da campanha de Dilma em 2014 negou qualquer irregularidade nas doações. Criticou ainda o uso político do instrumento da delação premiada. (Poder A4)
Relator do pedido de impeachment vê crime de responsabilidade
Relator do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) em comissão da Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO) disse haver indício(s de prática dolosa da presidente, com violação à Constituição, que vão além de “tecnicismos”. Ele afirmou ser favorável à abertura do processo de impedimento. Em seu parecer, destacou que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao autorizar créditos extras sem aval do Congresso e praticar pedaladas fiscais. A votação na comissão está marcada para segunda-feira (11). (Poder A7)
PP decide seguir na base de apoio ao governo Dilma
O PP decidiu que permanecerá no grupo de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff até a votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. Dessa forma, o PP, que tem a quarta maior bancada da Câmara e também o maior número de políticos investigados na Lava Jato, indica que deseja assumir cargos no governo. (Poder A10)
Auxiliar de Capez quis afinar versões sobre merendas, afirma ex-assessor
Alvo da investigação de suposto esquema de desvios na merenda em São Paulo, Jéter Rodrigues, ex-assessor do presidente da Assembleia Legislativa,Fernando Capez (PSDB), declarou ter sido procurado por um assessor do deputado para combinar oque dizer em depoimento. Segundo ele, foi-lhe pedido para assumir a culpa. A assessoria de Capez negou ter havido encontro. (Poder A12)
Surto de casos de gripe fará gestão Haddad contratar pediatra tampão (Cotidiano B1)