Investimentos em aeroportos regionais ficam para depois da crise

Foto: Projeto de adequação do aeroporto de Três Barras/Arquivo

Subiu no telhado a possibilidade de os aeroportos de Três Barras e União da Vitória agregarem voos regionais. Anunciado com estardalhaço pelo Governo Federal, o Plano Nacional de Aviação visava adequar aeroportos do interior para acomodar voos à capitais e grandes centros. Três Barras, por exemplo, poderia ter voos regulares para Curitiba e Joinville com passagens subsidiadas pelo Governo, o que baixaria o custo da viagem ao que se cobra hoje pelo transporte rodoviário. Em Três Barras chegou-se a investir no projeto de adequação do aeroporto.

   O motivo para a parada do projeto é bem típico de Brasil. O dinheiro da privatização dos aeroportos, que o governo prometeu aplicar no desenvolvimento da aviação regional no país, está sendo usado para bancar investimentos nos próprios aeroportos que passaram para as mãos do setor privado.

    Os aeroportos pequenos, que compõem a chamada aviação regional, e os subsídios para os passageiros desses terminais não receberam um centavo até agora em nenhum lugar do País. Até agosto, foram gastos R$ 900 milhões nos aeroportos concedidos, e R$ 365 milhões em obras em aeroportos de médio e grande porte administrados pela Infraero.

   A Secretaria da Aviação Civil diz que, com o modelo de arrecadar recursos com as concessões foi investido, em quatro anos e meio, R$ 15,6 bilhões. O valor é o mesmo, corrigido, dos investimentos entre 1995 e 2010.

   A Secretaria diz que continua “com a firme proposta” de começar ainda neste ano o programa de subsídios à aviação regional, iniciando pela região da Amazônia Legal – onde a demanda é menor e o impacto social será maior, já que a população paga passagens mais elevadas. Por causa do ajuste fiscal, no entanto, não houve autorização para o investimento.

 

Transporte terrestre

Boato que rolou esta semana de que a Reunidas estaria sendo vendida para um consórcio de empresas foi veementemente desmentido pela direção da empresa, sediada em Caçador e que até 2017 detém o monopólio de todas as linhas que partem de Canoinhas.

    Segundo a direção da empresa o que está havendo é uma reestruturação da Reunidas que acarretará, invariavelmente, em demissões.

    A coluna apurou que a empresa está negociando algumas linhas com outras empresas, a exemplo do trecho Canoinhas/Porto União, repassado para o Coletivo Santa Cruz recentemente.

 

>>> O recuo da agência japonesa Jica no repasse de R$ 105 milhões para a Casan investir em saneamento não deve afetar as obras em Canoinhas, já que os R$ 20 milhões para conclusão da primeira etapa já estão na conta da estatal. A segunda fase da rede, no entanto, são outros quinhentos.

 

Reunião Ministro Patrus Ananias 23.09.2015 Comitiva formada pelos prefeitos da região esteve em Brasília pleiteando recursos em vários órgãos. No Ministério da Agricultura, pediram R$ 20 milhões para subsidiar a implementação do Planorte Leite, que visa fomentar a produção leiteira que hoje gira em torno de 6,9 litros diários por vaca. A intenção é ampliar a produção para 9,13 litros/dia.

 

 

 

 

 

Genérico no PSDC

Maestro Luizinho Martins, por anos representante do PSB na região, está montando um novo partido na cidade – o PSDC. O maestro garante que o partido terá nomes de peso e, para começar, trará o vereador Neuzo Borges, o Genérico, para as hostes do PSDC. Genérico já disse que não pretende trocar de sigla, sobretudo por medo de perder o mandato.

Um pé lá

Cris Arrabar, Gil Baiano e Célio Galeski estão com um pé no PR. Para abandonarem de vez suas respectivas siglas só dependem da abertura da janela para trocar de partido sem perigo de perder o mandato.

 

Ministério Público

Apesar da crise, o procurador-geral de Justiça, Sandro Neis, vai manter o programa de expansão do Ministério Público estadual e promete para o começo de 2016 novas promotorias em Canoinhas e Mafra.

 

 RÁPIDAS

R$ 100 MILHÕES: A Casan está em negociação com uma agência alemã de fomento visando dar continuidade às obras de esgoto no Estado.

TRAVA:  O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou PEC que proíbe a lei federal de impor ou transferir qualquer encargo ou a prestação de serviços aos estados, ao Distrito Federal ou aos municípios sem a previsão de repasses financeiros necessários ao seu custeio.

17: dos 19 parlamentares catarinenses se dizem contrários a recriação da CPMF, o chamado imposto do cheque.

ALIÁS: O próprio governador Raimundo Colombo, aliado da presidente Dilma Rousseff, se diz radicalmente contra a criação de novos impostos.

IMPEACHMENT: Sobre a possibilidade de derrubar Dilma, 10 estão em cima do muro, cinco são contra e quatro a favor.

SISTEMA S: Senai, Sesc, Senac, Sesi, Sescoop, Sest e Senar se mobilizam para não perder os 30% de repasse que o Governo Federal quer cortar.

40 MIL: vagas em cursos profissionalizantes devem ser fechadas somente em Santa Catarina se o corte de fato for feito.

ALÉM DISSO: cerca de 3,3 mil profissionais serão demitidos. O cálculo é da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).