Irmãs oficializam doação de imagens para comunidade do São Francisco

Foto: Última celebração religiosa na capela realizada nesta quarta, 16/Fátima Santos
Foto: Fátima Santos
Foto: Fátima Santos

Uma missa na noite desta quarta-feira, 16, oficializou a doação das imagens da capela do Sagrado Coração de Jesus para a comunidade da Igreja São Francisco, do Campo d’Água Verde, em Canoinhas. A doação foi lavrada em ata.

Segundo a secretária administrativa do São Francisco, Regina Gapski, desde que a comunidade soube da venda do prédio do Sagrado para o Estado, a comunidade procurou as irmãs interessada em comprar o acervo da igreja histórica. Depois de consultar a central da congregação, na Colômbia, as irmãs decidiram por doar o acervo. “Não se trata do desmonte da capela, mas da parada de uma história naquele local, que será continuada na Igreja São Francisco”, diz Regina. A nova sede da Igreja São Francisco está sendo construída há 15 anos.

Nos últimos dias a informação de que a capela do Colégio Sagrado Coração de Jesus seria demolida se espalhou como rastilho de pólvora pelo Facebook. As reações foram as mais indignadas. “Tal atitude está gerando indignação de inúmeras pessoas que tiveram o prazer de frequentar a capela, pois ela fica dentro de um colégio estadual. Ou seja, alunos, professores e até mesmo casais que tiveram o privilégio de casar neste local não estão acreditando em sua destruição”, disse João Batista Leite Jr, em email enviado ao JMais.

A fotógrafa Fátima Santos começou uma campanha no Facebook pedindo a manutenção do patrimônio.

O assunto repercutiu na Câmara de Vereadores. Vereadora Cris Arrabar (PT) chamou de “absurdo” acabar com um patrimônio com este valor histórico. Ela disse que telefonou para o secretário regional Ricardo Pereira Martin, que negou a intenção do Estado de demolir a capela. O secretário reconhece, no entanto, que como o Estado ainda não pagou pelo prédio, não se pode tomar nenhuma decisão neste momento sobre a capela.

 

ESTADO

O secretário regional Ricardo Pereira Martin, disse nesta quinta-feira, 17, que pretende se reunir ainda nesta quinta com as irmãs e sugerir que elas mantenham as imagens na capela. A ideia do secretário é manter a capela como está, como forma de preservar o patrimônio histórico. “O Estado é laico, mas não se trata de fazer apologia à religião, mas sim, de preservar a história do Município”, afirmou.

Martin, no entanto, admite que o Estado ainda não pagou o valor acordado pelo prédio, mas que segue como locatário.

Na missa desta quarta, as irmãs disseram que o governo não pagou pela escola e que a comunidade devia era se mobilizar para cobrar do governo e não ficar criando polêmica por causa da capela.

 

Rolar para cima