José João Klempous leva com ele era quase extinta da política local

Político representava a ala antiga do MDB, mesmo tendo trocado a sigla pelo Progressistas

 

 

FIM DE UMA ERA

Poucos lembram, mas foi a discordância com o governo de Leoberto Weinert que levou José João Klempous a trocar o MDB pelo Progressistas. Saída traumática considerando a longa história que Klempous trilhou no ninho pé vermelho, tendo sido prefeito por duas ocasiões pelo partido.  Antes foi vereador em uma época em que a função não era remunerada. Candidato a vice de João Rosa Muller, acabou sendo derrotado por quem tinha desejo de derrotar, justamente Weinert. Coisas da política, diria sorrindo.

 

 

 

Na entrevista que concedeu ao JMais no ano passado, deu algumas lições sobre política. Quem viu sentiu uma certa nostalgia, mesmo antes de Klempous nos deixar.

 

 

 

 

Ao relembrar sua trajetória e opinar sobre a política atual, Klempous mostrava uma visão antiga das coisas e não há demérito nenhum nisso. Klempous acreditava que os métodos do passado – baseados principalmente no respeito e no fair play com os adversários – poderiam muito bem ser eficazes hoje. Deve ter sido esse aconselhamento que deu a Weinert. A falta de atenção levou Klempous a deixar o MDB.

 

 

 

 

Klempous era muito afinado a velha guarda do MDB. Chegou a tentar liderar um levante no primeiro governo Weinert para tentar impor uma visão mais conservadora da administração pública. A troca de partido mostra que não deu certo. Irascível, Weinert não aceitou a intervenção.

 

 

 

 

Apesar de militarem em partidos diferentes, Klempous pensava como Acácio Pereira, Haroldo Ferreira e Neuzildo Borba Fernandes, só para citar as mais recentes perdas da política local. Sua passagem representa a transição de cabeças da política canoinhense, para o bem ou para o mal.

 

 

 

 

 

Na entrevista concedida ao JMais, perguntei a ele que lição deixaria para as novas gerações após sua morte. Ele respondeu: “Jamais se corrompam, por mais tentadora que seja a proposta. Precisamos resgatar os valores éticos, religiosos e familiares. Não existe querer que os outros se explodam. Cada um fazendo sua parte, seu dever, todos vão bem, e as nossas crianças têm um futuro promissor. Precisamos valorizar os princípios básicos, não existe felicidade sozinho, você nunca vai ser nada sozinho, se você é campeão é porque existiu o segundo e o terceiro lugares”, respondeu.

 

 

 

 

 

 

 

PAUSA PARA DIVAGAR

Fico imaginando hoje se o prefeito tivesse a audácia de Klempous ao criar o Parque de Exposições em um ano como aquele, de 1988, de explosão da inflação, com a população pagando um preço pelo leite cedo e outro, mais alto, à tarde. As redes sociais que hoje imperam não perdoariam.

 

 

 

 

 

 

 

COINCIDÊNCIA

No mesmo dia da morte de Klempous, sucumbiu o ex-prefeito de União da Vitória, Alcides Fernandes Luiz.

  

 

Alcides começou sua trajetória na década de 1960 como vereador e foi prefeito por dois mandatos (1973/1976 e 1983/1988), o segundo coincidindo com o de Klempous. Ambos foram prefeitos na época da grande enchente de 1983 que acometeu toda a região, sendo considerada a maior da história da região.

 

 

 

 

 

 

“Por que não olhar para as necessidades reais da educação ao invés de polemizar sobre o currículo estudado há anos por especialistas?”

questionamento do colunista do Diário Catarinense Anderson Silva sobre a discussão estridente sobre identidade de gênero na Assembleia catarinense

 

 

 

 

 

 

CONTRADITÓRIO

Prefeito Beto Passos (PSD) precisa afinar o discurso com o diretor de Turismo Eder Chagas. Enquanto Chagas afirma que faltou documentação para emplacar Canoinhas na rota turística Caminhos do Contestado, Passos emitiu nota afirmando que toda a documentação foi entregue. Vá entender.

 

 

 

 

 

A PROPÓSITO

A exclusão de Canoinhas da rota é uma situação escatológica, considerando que a cidade foi epicentro da guerra e teve muito mais eventos que Mafra, onde poucos tiros foram disparados durante a Guerra do Contestado. É a pá de cal em um setor que poucas vezes funcionou de fato em Canoinhas.

 

 

 

 

 

OLHO NA PONTE

O Governo do Estado abriu cadastro para Municípios se candidatarem a receber as ferragens que sustentavam a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. A ideia da Defesa Civil é mandar as pontes prontas para os Municípios que as requisitarem em substituição a estruturas danificadas. A ponte, por sinal, depois de mais de 30 anos sem função, parece que enfim volta a receber trânsito no fim do ano.

 

 

 

 

 

ICMS

Entidades empresariais enviaram uma nota aos deputados estaduais pedindo que se empenhem no sentido de barrar aumento de impostos promovidos pelo governador Carlos Moisés PSL). Leia a nota na íntegra:

 

 

“Deputados estaduais decidirão se haverá ou não aumento do custo de vida dos catarinenses

 

Entidades que representam a indústria, o comércio e os serviços em Santa Catarina alertam que caberá aos deputados estaduais decidir se haverá ou não aumento no custo da alimentação dos catarinenses a partir de segunda-feira (02). Isto devido ao reajuste da carga de ICMS sobre itens da cesta básica e gás natural. A medida atingirá o orçamento das famílias e contribuirá para a desigualdade social em nosso estado. Todas confiam que nossos parlamentares não permitirão que ocorra este aumento. Assinam a nota as entidades abaixo:

 

ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes)

 

ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis)

 

ACIG (Associação Comercial e Industrial de Garopaba)

 

ACINAM (Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral)

 

ACATS (Associação Catarinense de Supermercados)

 

CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis)

 

FHORESC (Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SC)

 

FLORIPA SUSTENTÁVEL

 

FORTUR (Fórum de Turismo da Grande Florianópolis)”

 

 

 

 

 

 

 

NÃO COLOU

Com diferença de um voto, o plenário da Assembleia rejeitou moção de repúdio contra o secretário de Fazenda, Paulo Eli, por causa de suas declarações polêmicas envolvendo donos de bares e restaurantes.

 

 

 

 

 

 

“Dinheiro vai para dívida e Previdência”

do secretário Paulo Eli, sobre a execução orçamentária do Estado nos primeiros meses de 2019. Segundo ele, não há dinheiro para investimentos

 

 

 

 

 

 

ZERADO

O PSL dissolveu todas as executivas municipais em Santa Catarina. A intenção é uniformizar a situação da sigla nas cidades de olho nas eleições do ano que vem. 

 

 

 

 

 

R$ 50 bilhões

devem ser transferidos para Estados e Municípios em 15 anos se o novo pacto federativo vingar

 

 

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