Juiz nega prisão preventiva de pai acusado de estuprar filha de 16 anos

Para o juiz, o acusado não oferece risco à sociedade

 

 

O juiz da Vara Criminal da Comarca de União da Vitória indeferiu o pedido de prisão preventiva do homem apontado pelo inquérito da Polícia Civil de União da Vitória como autor de reiterados estupros contra a própria filha, desde os 13 anos, no Conjunto Horst Waldraff, no distrito de São Cristóvão. Hoje a vítima tem 16 anos. O promotor público acompanhou o resultado do inquérito. A decisão saiu nesta quinta-feira, 30.

 

 

 

Conforme as informações obtidas com exclusividade pelo Portal VVale, o juiz argumentou que o autor não oferece risco para a ordem pública, que o mero clamor popular não seria suficiente para a prisão. Contudo, o juiz determinou que o acusado seja monitorado por meio de tornozeleira eletrônica, sem ser recolhido à cadeia pública.

 

 

 

Como entendeu que o caso não requer a prisão preventiva, o recurso da tornozeleira é um meio termo, usado para não deixar o acusado inteiramente livre. Ainda não há informações se a Promotoria Pública vai recorrer da decisão.

 

 

 

RELEMBRE O CASO

O caso que chocou a sociedade do Vale do Iguaçu vem sendo investigado pela Polícia Civil de União da Vitória (4ª SDP) com apoio do Conselho Tutelar e da Vara de Família da Comarca. O caso da adolescente de 16 anos que desde os 13 vinha sendo submetida a estupro pelo próprio pai, no distrito de São Cristóvão, começou a ser revelado na terça-feira, 21.

 

 

 

O caso só chegou ao conhecimento das autoridades, porque a garota participou de uma palestra realizada no colégio pela Patrulha Escolar, da Polícia Militar de União da Vitória. Após assistir os policiais, a adolescente tomou coragem e relatou o caso primeiro para uma professora, depois para um psicólogo e por último para a PM, que imediatamente chamou o Conselho Tutelar.

 

 

 

A violência sexual cometida pelo pai, de 36 anos, era testemunhada por uma amiga da vítima, que se manteve calada durante todo esse tempo. Além do estupro, o autor ainda passava vídeos pornográficos para as garotas. O homem se apresentou com seu advogado, se negou a falar e foi  liberado.

 

 

O caso causou revolta e indignação no Vale do Iguaçu. Os nomes das vítimas e do autor estão sendo mantidos em sigilo, porque o caso corre em segredo de justiça. Para proteger as vítimas, a Justiça determinou uma medida de afastamento do homem em relação às possíveis vítimas. Conforme a medida, ele não pode se aproximar e nem estabelecer contato, seja por telefone, redes sociais ou de qualquer maneira.

 

 

 

 CASA INVADIDA

No sábado, 25, a Polícia Militar de União da Vitória atendeu a uma denúncia anônima de que pelo menos três pessoas invadiram a casa do acusado. Três homens foram vistos quebrando a casa do suspeito. Não havia ninguém na casa, já que a família está sob proteção policial na casa de outras pessoas.

 

 

 

Quando a PM chegou não encontrou nenhum dos suspeitos de destruir parcialmente a casa do homem acusado de estupro. A Polícia Civil vai investigar o ato de vandalismo.

 

 

A PM disse que fazer justiça por conta própria não resolve o caso nem das possíveis vítimas e nem do acusado, que vai ter de enfrentar a Lei para ser responsabilizado por seus atos. Atos cometidos por “justiceiros” também são considerados criminosos, segundo a Lei.

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