Júri condena assassino de adolescentes de Marcílio Dias a 24 anos de prisão

Foto: Edson Edgar Seidl, 16 anos, e José Yan Chagas, 15 anos/Arquivo

O Tribunal do Júri da Comarca de Canoinhas condenou a 24 anos de prisão, Cristian Altamir Rocha Loures, de 25 anos, acusado de ter executado a tiros os amigos Edson Edgar Seidl, 16 anos, e José Yan Chagas, 15 anos, em um ponto de ônibus de Marcílio Dias no dia 27 de julho de 2013. O julgamento aconteceu na sexta-feira, 9.

Edson e José Yan Chagas conversavam no ponto de ônibus na rua Maria Olsen, quando testemunharam uma perseguição de carros. No primeiro, moradores do distrito canoinhense que há anos rivaliza com um grupo do distrito tresbarrense São Cristóvão, que estavam no segundo veículo.

A briga entre os grupos começou em um posto da rua Coronel Albuquerque, no centro de Canoinhas. Um dos rapazes do São Cristóvão estava inconformado com o fim de um relacionamento amoroso com uma menina que o teria trocado por um dos rapazes de Marcílio Dias, que estava no posto.

Os três rapazes de Marcílio Dias fugiram para evitar confusão. Os rapazes do São Cristóvão resolveram se armar com uma garrucha calibre 22 e, perseguir os rivais.

Na rua Maria Olsen, o carro onde estavam os rapazes de Marcílio Dias arrancou em alta velocidade. Ao baixar a poeira levantada pela arrancada abrupta do carro, os rapazes do São Cristóvão viram somente os meninos sentados no ponto de ônibus. Acharam que os rivais haviam deixado dois parceiros para trás.

Cristian, o único armado dos que estavam no carro, não exitou em disparar dois tiros certeiros, que atingiram as cabeças dos meninos. Só não matou um terceiro rapaz, que estava no ponto de ônibus e não teve sua identidade revelada, porque só tinha duas balas.

Vizinhos chamaram os bombeiros e a Polícia Militar. Edson morreu na hora. Com um tiro que estourou seu olho direito, Yan foi levado às pressas ao Hospital Santa Cruz, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele morreria 12 horas depois.

 

ABSOLVIDOS

Bruno Antunes de Souza de Almeida e Jacson André dos Santos Veiga, apontados como coautores do crime, foram absolvidos por falta de provas. Segundo o advogado de defesa dos dois, Salvador de Maio Neto, eles não sabiam que Cristian portava uma arma, muito menos que ele pretendia atirar.

Os dois já respondiam ao processo em liberdade. Cristian retornou à Unidade Prisional Avançada de Canoinhas, onde já estava preso desde o crime.

 

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