Mais 30 pessoas tiveram nomes usados em suposta fraude de diárias em Major Vieira

Reportagem da RICTV Record aponta que funcionários da Câmara de Vereadores, prefeitura e Fórum de Taió constam como beneficiários da Prefeitura de Major Vieira

Foto: Olívio Bonin, morto há 13 anos, estava na lista de beneficiários

O escândalo das diárias em Major Vieira – investigação iniciada no ano passado pelo JMais e a RICTV Record – ganhou novas proporções nesta segunda-feira, 17.

Reportagem da RICTV Record aponta que ultrapassa os R$ 900 mil o suposto erro ou desvio de recursos públicos por meio de diárias na prefeitura de Major Vieira. Depois da denúncia do JMais e RICTV, já são 32 as famílias que descobriram terem sido incluídas na lista de pagamentos irregulares do benefício. A maioria já entrou na justiça em busca de reparação de danos.

Segundo a reportagem da RICTV, além da servidora da prefeitura de Taió e de um agricultor morto há 13 anos, apontados como beneficiários de diárias da prefeitura de Major Vieira, outras 30 pessoas descobriram que seus CPFs foram usados no suposto escândalo das diárias. Nenhum deles conhece Major Vieira e sequer recebeu qualquer pagamento da prefeitura do Município.

A lista inclui funcionários da prefeitura, Câmara de Vereadores e do Fórum de Taió, além de comerciantes, agricultores e outro homem que também morreu em agosto de 2013.

Um dos citados aparece como se tivesse recebido sozinho R$ 374,5 mil. Somando tudo o que teria sido pago em diárias para estas 32 pessoas, o valor chega a R$ 900 mil.

Mais da metade dos incluídos na lista entrou com ações na Justiça em busca de reparação por dano moral.

Uma liminar da Justiça de Taió já determinou a retirada de todos os nomes da relação. “Se for levantado que houve uma fraude, que fique bem claro que essas pessoas não participaram dessa fraude”, diz o advogado de uma das pessoas envolvidas, Marco Vinícius de Carvalho.

 

CONTRAPONTO

O prefeito de Major Vieira, Israel Kiem, já afirmou que não houve nenhuma fraude e culpou a Betha Sistemas, responsável pelo Fly Transparência, site que publica estes dados, pelo suposto erro.

A Betha, inicialmente, culpou o funcionário da prefeitura responsável por alimentar o sistema. Depois, afirmou que a prefeitura não usou uma ferramenta para cadastrar o ipê. Sem o recurso de segurança, o sistema ficaria vulnerável a fraudes.

O Ministério Público abriu uma investigação sobre o caso.

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