Manchetes dos jornais desta terça-feira

08 de março de 2016

O Globo

 

Manchete : Donos de Odebrecht e OAS já negociam delação

Executivos das duas empreiteiras querem acordo conjunto

Expectativa dos investigadores da Lava-Jato é que informações obtidas durante a colaboração ajudem a esclarecer a relação entre as empresas e os imóveis ligados ao ex-presidente Lula

Antes resistente à delação premiada, o empresário Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht, elabora, com o proprietário da OAS, Léo Pinheiro, uma proposta conjunta de colaboração com o Ministério Público Federal. Os dois empreiteiros, na expectativa dos investigadores, ajudariam a esclarecer as relações entre os dois grupos e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As duas construtoras ajudaram nas reformas do sítio em Atibaia usado por Lula. A OAS também é investigada pelas obras feitas no tríplex de Guarujá. Preso desde junho de 2015, Marcelo Odebrecht, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, deve ser sentenciado na 13ª Vara Federal de Curitiba nos próximos dias. (Pág. 3)

 

PMDB agora fala em ‘independência’ do governo Dilma

Às vésperas da convenção, a base do PMDB nos estados decidiu apresentar uma “moção de independência” em relação à gestão Dilma. Os ministros continuariam nos cargos, mas deputados e senadores ficariam livres para votar contra o governo. (Pág. 7)

 

Para Okamotto, ‘vizinho não pode ser desconhecido’

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse ontem que a cobertura vizinha à do ex-presidente Lula precisava ser comprada por um conhecido. Lula usa o imóvel, em São Bernardo, que pertence a um primo do pecuarista José Carlos Bumlai. (Pág. 4)

Oposição vai adicionar delação de Delcídio a pedido de impeachment (Pág. 5)

 

Dengue já consumiu R$ 2,2 bi

De 2010 a 2015, o tratamento de pacientes com dengue custou R$ 2,2 bilhões ao Brasil. Estudo revela que a doença tem um custo alto. Os gastos devem bater recorde este ano e chegar a R$ 1 bilhão. A OMS faz hoje reunião de emergência e pode aumentar o nível de alerta mundial para zika. (Pág. 10)

 

Justiça pede prisão de Estevão

A Justiça de SP mandou prender o ex-senador Luiz Estevão, baseada em decisão do STF que permite prisão após sentença de 2ª instância. Ele foi condenado a 31 anos em 2006. (Pág. 3)

 

Infraero terá Santos Dumont

Em modelo similar ao dos aeroportos privatizados, a Infraero terá a concessão de Santos Dumont e Congonhas e precisará seguir parâmetros de qualidade e preço. O objetivo é obter receita para que a estatal lance ações em Bolsa. (Pág. 19)

 

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O Estado de S. Paulo

 

Manchete : Oposição pressiona STF para apressar rito de impeachment

Objetivo dos partidos é aproveitar o momento de maior vulnerabilidade do governo Dilma nos últimos meses

O Supremo Tribunal Federal começou a divulgar o resultado do julgamento do rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso e motivou a oposição ao governo a buscar reaglutinação de forças para tentar aproveitar o que considera ser um momento de fragilidade do Planalto. O complemento do acórdão deve ser publicado hoje no Diário de Justiça Eletrônico. Amanhã, abre-se prazo de cinco dias para a apresentação de recursos. Com a publicação, a oposição decidiu ampliar a pressão sobre o STF para que a Corte acelere o julgamento dos recursos sobre o rito de impedimento de modo que a comissão do impeachment possa ser instalada na Câmara o quanto antes. Líderes de partidos reúnem-se hoje com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso, que apresentou o voto seguido pela maioria do STF, analisar os recursos que forem protocolados e pedir a inclusão do caso na pauta do colegiado. (Política A4)

Mais um inquérito contra Cunha

Teori Zavascki autorizou a abertura do terceiro inquérito contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no STF. Deputado teria recebido R$ 52 milhões em propina nas obras do Porto Maravilha. (Pág. 7)

 

Dilma critica ação da Polícia Federal

A presidente Dilma Rousseff criticou a Operação Lava Jato por levar coercitivamente o ex-presidente Lula a depor. “Não tem sentido conduzi-lo sob vara.” (A5)

 

Lava Jato vai investigar cobertura usada por Lula

A Operação Lava Jato vai investigar a segunda cobertura usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no prédio onde o petista mora em São Bernardo do Campo (SP). O Estado revelou que o imóvel pertence a um primo de José Carlos Bumlai, amigo de Lula e preso sob a acusação de forjar empréstimos e repassar dinheiro ao PT. Os investigadores querem saber se o aposentado Glaucos Costamarques é de fato dono do apartamento, que foi alvo de buscas e apreensão na 24 ª fase da operação. Segundo a assessoria do ex-presidente, ele aluga a cobertura. (Política A6)

 

Moro ouve capoteiro por engano

Na sexta-feira, o capoteiro (tapeceiro de automóveis) Jorge Washington Blanco prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro. Por engano. Homônimo de executivo que seria ligado ao Banco Schahin, Blanco foi intimado a depor como testemunha de acusação contra José Carlos Bumlai. (Pág. A6)

Cai liminar que impedia ministro da Justiça de assumir o cargo

O Tribunal Regional Federal da 1.ª Região derrubou liminar que suspendeu a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva. A decisão vale até julgamento do STF sobre o caso, que está na pauta da sessão plenária de amanhã. Ligado ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil), Wellington já solicitou exoneração do cargo de procurador-geral no Ministério Público da Bahia, o motivo do pedido de liminar. (Política A7)

 

BNDES corta juros para obras de infraestrutura

O governo afrouxou as condições dos empréstimos do BNDES para concessões em infraestrutura e anunciou que a instituição vai financiar uma fatia maior dos projetos a juros mais baixos. A equipe econômica também anunciou medidas para incentivar investimentos em infraestrutura. A emissão de debêntures e a capitalização de um fundo garantidor de infraestrutura serão facilitadas. (Economia B1)

 

OMS deve elevar alerta sobre zika

Entidade informa que, em um mês, passou de 3 para 9 o número de países em que há associação aparente entre o vírus zika e a síndrome de Guillain-Barré. (Metrópole A14)

 

Alckmin diz que SP tem água para 5 anos de seca

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) decretou o fim da crise hídrica em São Paulo, dois anos após seu início declarado. Segundo o governador, a “questão da água está resolvida”. “Estamos chegando a quase 60% do Cantareira e 40% do Alto Tietê. Isso é água para quatro, cinco anos de seca”, afirmou. O índice do Cantareira considera cotas do volume morto, cuja autorização para captação foi suspensa ontem. (Metrópole A11)

MP investiga secretaria por dados criminais (Metrópole A12)

 

 

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Folha de S. Paulo

 

Manchete : Elo entre Odebrecht e marqueteiro do PT coopera na Lava Jato

Secretária pode esclarecer se pagamentos têm relação com campanhas petistas; empresa nega ter atuado no petrolão

A funcionária da Odebrecht responsável pela contabilidade de supostas propinas pagas por executivos da empresa passou a colaborar com investigadores da Lava Jato. Ela negocia um acordo de delação premiada. Informações da secretária Maria Lúcia Tavares podem ajudar a esclarecer repasses feitos ao publicitário João Santana, que atuou nas campanhas de Lula e Dilma, em 2006, 2010 e 2014. Investigadores suspeitam que a Odebrecht colaborou como caixa dois em campanhas do PT no esquema de propinas na Petrobras. Planilhas encontradas com Maria Lúcia registram 41 repasses a “Feira” (referência ao marqueteiro, segundo investigadores) entre outubro de 2014 e maio de 2015, totalizando R$ 21,5 milhões. Ela aparece em e-mails sobre “acarajés”, código atribuído a repasse de propinas. A força-tarefa encontra dificuldades para acessar mensagens eletrônicas relacionadas ao empreiteiro preso Marcelo Odebrecht. Após ordem judicial para entregar cópia dessas mensagens, a empresa declarou que a conta de e-mail dele “sumiu” e não pode ser recuperada por falta de backup. A Odebrecht vem negando acusações de investigadores e delatores sobre envolvimento no petrolão. (Poder a4)

 

Lula aluga imóvel para não incomodar vizinho, diz aliado

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que Lula aluga uma cobertura ao lado da que mora, em São Bernardo do Campo (SP), porque sabe do “desconforto” de alguém ter um político como vizinho. O imóvel é de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente investigado no âmbito da Operação Lava Jato. (Poder a7)

 

STF se manifesta e destrava rito do impeachment

O Supremo Tribunal Federal deve terminar de publicar nesta terça (8) a íntegra do resultado do julgamento que definiu o rito do pedido de impeachment da presidente Dilma (PT) no Congresso. Após essa medida, o STF analisará os eventuais recursos sobre a decisão. Para a oposição, a ampliação da crise política poderá levar os ministros do tribunal a acelerar os trabalhos. (Poder a5)

 

 

 

Zika causa dano fetal em todas as fases da gravidez, indica pesquisa (Cotidiano B4)

 

Sob influênciada China, sobe preço de commodities

A melhora do humor dos investidores em relação à China causou elevação no preço das matérias-primas. O minério de ferro entregue no porto chinês de Tianjin teve reajuste de 19,5%. O petróleo tipo Brent fechou acima de US$ 40 pela primeira vez desde 9 de dezembro. A alta foi de 5,2%. Ações de Vale e Petrobras subiram na Bolsa. (Mercado A13)

 

Chineses avançam em distribuição de energia no Brasil

A estatal chinesa State Grid resolveu avançar no mercado brasileiro de distribuição de energia e deverá selar a compra de ao menos um dos três alvos da companhia: Celg-D (GO), Eletropaulo (SP) e CPFL (SP). A empresa planeja investir cerca de R$ 15 bilhões no setor. Empresários brasileiros temem que haja prioridade para fornecedores do país asiático. (Mercado A13)

 

Em dois anos, uso de medida de proteção à mulher sobe 26%

Prevista na Lei Maria da Penha e criada para proteger mulheres vítimas de violência, a medida que impõe limite de aproximação para o agressor cresceu 26% entre 2013 e 2015 na capital paulista — de 3.445 para 4.326 casos. Para especialistas, o crescimento ocorre devido a fatores como uma divulgação crescente da lei e a criação de mecanismos como delegacias da mulher e grupos de apoio a vítimas. (Cotidiano B1)

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