Maioria dos servidores se recusam a voltar ao trabalho enquanto não forem publicadas portarias determinando o retorno ao Estado; apenas cinco estão trabalhando em Mafra, os demais, foram cedidos aos Municípios
Passadas mais de duas semanas desde que o secretário regional de Mafra, Abel Schroeder, prometeu reativar a Gerência de Saúde (Gersa) de Canoinhas na totalidade dos serviços oferecidos antes da desativação, apenas móveis e equipamentos entulhados dentro do prédio do órgão em Canoinhas correspondem a um indício de que volte a funcionar.
Servidores denunciam que boa parte dos equipamentos que foram levados para Mafra não voltou. Eles se recusam a voltar ao trabalho até que o Estado publique no Diário Oficial as portarias revogando a cessão de 11 servidores para o Município de Canoinhas, um para Bela Vista do Toldo, além de determinar o retorno de cinco servidores que estão lotados em Mafra. Para os servidores, as portarias são a garantia de que os serviços serão restabelecidos.
Schroeder voltou a afirmar nesta semana que todos os serviços serão retomados gradativamente. O JMais apurou, no entanto, que a lotação dos servidores que já estão cedidos para o município de Canoinhas seria alterada para a Gerência de Mafra e em
acordo com a gerente de Mafra, atuariam em Canoinhas, mas sem garantias formais de permanecer no Município.
Além disso, a área técnica da Vigilância Sanitária, Atenção Básica e parte da Regulação autorizou a permanência de alguns serviços descentralizados em Canoinhas. Os serviços de Epidemiologia, que é o carro chefe das regionais, assistência farmacêutica e tratamento fora do domicílio (TFD) não foram descentralizados para Canoinhas, ou seja, os setores de imunização, laboratório de zoonoses, controle do mosquito transmissor da dengue e fornecimento de medicamentos não devem ser restabelecidos.
Os servidores confirmam que receberam ligações que expuseram essa situação e deixaram à escolha deles se seguem com os Municípios ou voltam para a Gersa. “Mas nada por escrito. Então, todos os servidores ainda aguardam respostas oficiais, pois não querem ter lotação em Mafra, perdendo ainda mais direitos adquiridos como insalubridade, que as áreas que aceitaram descentralizar não contemplam”, disse uma servidora que não quis se identificar.
O JMais tentou novo contato com Schroeder, mas ele não respondeu às ligações.