Litocentro torna Canoinhas referência regional em litotripsia
Os médicos urologistas Juliano Brasil e César Duarte do Nascimento Junior reinauguraram na noite desta quinta-feira, 5, o Litocentro Canoinhas. Trata-se de uma ótima notícia para a saúde da região. Isso porque, a unidade, onde são feitos procedimento de tratamento de cálculo renal, se tornou referência regional para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O Litocentro está credenciado para atender pacientes de Mafra a Porto União. Além disso, atende particular, CIS Amurc, Unimed, SC Saúde e demais planos de saúde.

O Litocentro Canoinhas foi fundado em 2009 por Juliano e o também urologista Wagner Pelagio. No ano passado, Pelagio mudou de cidade. Nascimento Jr estava voltando para sua terra natal quando adquiriu a parte de Pelagio na sociedade.

O Litocentro segue no Hospital Santa Cruz, na ala onde funcionava o Pronto Atendimento. Um coquetel para convidados, familiares e amigos marcou a reinauguração nesta quinta com duas novidades fundamentais: o espaço foi totalmente repaginado e a máquina Tripter compacta para resolução de cálculos renais é novinha em folha. Foi comprada pelos novos sócios de uma empresa israelense. A máquina antiga era alugada de um centro médico de Joinville.

Segundo Brasil, o Litocentro é um presente para Canoinhas. “Trata-se da única especialidade de alta complexidade na qual Canoinhas é referência”, frisa. “É uma opção para Canoinhas e região. Mostra que temos condições de resolver pelo menos este problema aqui mesmo, por meio de um método relativamente simples e pouco invasivo”, acrescenta Nascimento Jr.
COMO FUNCIONA A LITOTRIPSIA
A Litotripsia por Ondas de Choque, mais conhecida em sua forma abreviada como Leco, foi desenvolvida no início dos anos 1980 na Alemanha. Na época, o único tratamento disponível para cálculo urinário (pedras nos rins) eram as cirurgias convencionais, com grandes incisões e período de convalescença muito prolongado. Neste cenário, a Leco era o único tratamento de baixa agressividade capaz de livrar o paciente dos temidos cálculos.
A técnica evoluiu desde então, porém o princípio básico se mantém – aplicar uma forma de energia denominada ondas de choque em direção ao cálculo, localizado por Raio X ou ultrassonografia, de modo a fragmentar cálculos volumosos em pequenos cálculos, que devem ser então eliminados por via natural.
As ondas de choque, geradas no equipamento chamado litotritor, atravessam a pele e todos os tecidos até atingir o cálculo. A fragmentação ocorre melhor quando o cálculo é menos denso e duro, e quanto menor for a distância entre a pele e o cálculo.
O tratamento é realizado sem necessidade de internação, geralmente apenas com analgesia ou sedação leve. O paciente é acomodado em uma maca, e a fonte de energia, que está dentro de uma bolha envolvida por água, é acoplada à área mais próxima do cálculo, posicionada pelo Raio X ou ultrassom. Inicia-se então uma longa série de disparos, os choques de onda, com aumento progressivo da intensidade. O procedimento tem duração de aproximadamente uma hora e o paciente recebe alta para repouso domiciliar.
Brasil lembra que a litotripsia é comumente confundida com o laser. “Porém, são bastante diferentes. O laser – que também é realizado aqui em Canoinhas – é uma técnica empregada na cirurgia, enquanto a litotripsia é uma técnica não cirúrgica”, esclarece.