Críticas dentro e fora da Assembleia acompanhada de levante de municípios do interior dificultam vida de Moisés

 

 

SEM GOVERNO

Em meados do ano passado o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) anunciou a liberação de milhões para obras em escolas. Havia até mesmo a separação de valores por região, mas não por escolas. Como manda o bom jornalismo, o JMais questionou a assessoria de imprensa do Governo sobre quanto e para quais escolas viriam para a região de Canoinhas. Quase um ano depois seguimos sem resposta. A impressão é de que nem mesmo a assessoria do governador sabe da existência de Canoinhas, imagine se conhecem Bela Vista do Toldo, Major Vieira e outras cidades menores.

 

 

 

Sobre o fechamento da Gerência de Saúde de Canoinhas, o JMais também questionou a assessoria da pasta da Saúde. A resposta: “A Secretaria de Estado da Saúde informa que a decisão de fechamento da Gerência de Canoinhas obedece exclusivamente os parâmetros definidos em estudos técnicos que estão sendo implementados gradativamente, sem prejuízo à população.” Em quatro linhas conseguiram a proeza de não dizer nada. Questionados novamente sobre como se faria o milagre de fechar um órgão de tema tão sensível como a saúde e não haver prejuízo à população, a assessoria prometeu ampliar a questão no mesmo dia,  2 de dezembro de 2019. Até agora estamos esperando a resposta. Aos vereadores, tiveram a cara de pau de responder que antes do seu fechamento, a Gersa já não prestava serviço algum a população. Mentira deslavada.

 

 

 

 

 

Se a política é feita de sinais, os sinais que este governo emite para Canoinhas e região são péssimos. Agrava-se a situação sem a presença de um representante da região na Assembleia que, por sua vez, anda às turras com o governador. Um dia depois de o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), arquivar o primeiro pedido de impeachment de Moisés, seu secretário de Infraestrutura hostilizou um deputado convidando-o a se retirar da sala que ele ocupava no Centro Administrativo que, por razões óbvias, não pode ser chamada de sua sala. Em um raro momento em que Moisés cedeu a algo, exonerou o mal educado que já tinha dado mostras de intolerância com o contraditório antes.

 

 

 

 

 

De modo geral, os deputados, situação ou oposição, estão impacientes com Moisés e um próximo pedido de impeachment que, acreditem, logo virá, tem tudo para ir a votação no plenário.

 

 

 

 

Eleito pela onda bolsonarista, Moisés já é negado pelos peeselistas mais radicais. Acusam ele de defender pautas da esquerda. Essa tentativa de qualificar o debate sobre o que representa o PSL e a quimera que ele gerou é patética, considerando que o partido não tem ideologia definida, deturpa o conceito de direita e vê no ataque ao diferente sua principal arma, mesmo que esse suposto diferente seja seu governador.

 

 

 

 

 

A verdade é que Moisés é inexperiente, não admite isso, governa por intuição e desconhece a realidade do Estado que não percorreu nem na campanha. Do pouco que conhece ainda tem uma visão deturpada.

 

 

 

 

Os deputados, por mais malandros que possam ser, seriam um bom caminho para ele conhecer este Estado, sentir as necessidades dos pequenos municípios (a maioria) e definir prioridades. A iniciativa de criar um balcão de pedidos de prefeitos é boa, mas cadê sua aplicabilidade um ano depois da posse de Moisés?

 

 

 

 

 

O PLANO

O PSD ofereceu um plano arrojado ao MDB de Canoinhas. O plano envolve uma grande coalizão para garantir prefeito e deputados estadual e federal. 

 

 

 

Se o MDB apoiar Beto Passos oferecendo um candidato a sua vice, ambos definiriam um candidato único à Assembleia em 2022. Eles lembram que, se de fato Norma Pereira (PSDB) assumir a vaga de Carmem Zanotto (Cidadania) no Congresso, a região estará muito bem representada. Frisam que, se tivesse ocorrido acordo por candidatura única em 2018, fosse Renato Pike (PL) ou Leoberto Weinert (MDB), qualquer um dos dois seria eleito.

 

 

 

 

A proposta vai além. Com o MDB herdando as vagas do PL na prefeitura, o candidato certo para disputar a Alesc seria Pike, que em troca apoiaria a reeleição de Passos com um quinhão bem mais modesto na partilha dos cargos na prefeitura.

 

 

 

 

 

NAS ASAS DA VIDA

O assessor que trabalha como motorista da Câmara de Vereadores de Três Barras, Antonio Sergio Castilho, viajou com quatro vereadores para Brasília em maio do ano passado. Como sua função tem sido exclusivamente conduzir os vereadores, imagina-se que ele dirigiu até Curitiba e, de lá, assumiu o controle do avião que levou os ilustres vereadores à Capital.

 

 

 

 

 

AVENIDA

A Avenida Abrahão Mussi voltou a ser tema de cobrança dos vereadores de Três Barras. Sendo uma das mais movimentadas do município, a via ficou pequena, perigosa e com trafegabilidade comprometida pelas diversas ruas secundárias que chegam até ela. O resultado é um só: Em horários de pico as conversões à direita ou à esquerda são muito complicadas. E é por isso que entra ano, sai ano, os vereadores cobram melhorias na via.

 

 

 

 

 

TROCA

Joel da Cruz não responde mais pela tesouraria da Câmara de Vereadores de Três Barras. O vereador, que também é servidor da Câmara, Ernani Wogeinaki Jr, assumiu a função.

 

 

 

 

POSSE

A advogada Anna Carolina Cristofolini Martins (PSDB) tomou posse como deputada estadual na manhã desta quinta-feira, 6. Em seu discurso, deixou claro que está focada no trabalho em favor dos problemas de Itajaí, sua cidade natal, e da região. Segunda suplente da coligação MDB-PSDB nas eleições de 2018, na qual fez 32.199 votos, ela ocupará a vaga do deputado Doutor Vicente Caropreso, do mesmo partido, que vai se licenciar do mandato por 60 dias.

 

 

 

 

 

MULHERES

Uma pauta feminista na Câmara de Vereadores de Canoinhas nesta segunda-feira, 10. Dois projetos estarão em votação. O primeiro institui a Semana Municipal de Combate à Violência contra a Mulher. Já o segundo concede o título de amigo de Canoinhas à Rede Regional Feminina de Combate ao Câncer.

 

 

 

REFORMA

 

Designado como relator na Comissão de Justiça da PEC 13/19 e do PLC 33/19, que tratam da reforma da previdência dos servidores estaduais, encaminhados pelo Executivo, o deputado estadual canoinhense Mauricio Eskudlark (PL) anunciou para a próxima terça-feira, 11, às 10 horas, a reunião do colegiado que irá abrir os trabalhos sobre o tema.

 

O líder do PL esclareceu ainda que, depois desta etapa, os parlamentares terão uma semana de vistas coletiva para apreciar as duas proposições. Neste período, os membros da CCJ abrem espaço para ouvir representantes de associações e de segmentos da sociedade.

 

 

 

 

 

EXONERADA

O governador Carlos Moisés da Silva exonerou a advogada Célia Iraci da Cunha do cargo de Procuradora Geral do Estado.

 

 

A demissão tem relação direta com o pedido de impeachment formulado na Assembleia Legislativa e na Procuradoria Geral de Justiça pelo Defensor Público Estadual Ralf Zimmer Junior.  Ele acusou o governador de ter feito acordo com a Procuradora para autorizar a paridade salarial dos procuradores do Estado em relação aos procuradores da Assembleia. Acrescentou que o pagamento era ilegal.

 

 

O novo Procurador Geral do Estado é Alisson de Bom de Souza.

 

 

 

 

 

“Ninguém expulsou ninguém, mas eu demonstrei que não tinha gostado da presença. Depois o carnaval que ele fez na Alesc não procede”

do ex-secretário de Infraestrutura de SC, Carlos Hassler, em entrevista à CBN Diário, admitindo contra a vontade que foi grosseiro com o deputado Valdir Cobalchini. A grosseria custou seu cargo