Há falta de peritos e pedidos de aposentadoria que ultrapassam mais de um ano de espera em Mafra e Canoinhas
Pedidos de aposentadoria, por mais simples que sejam, ultrapassam mais de um ano de espera em Mafra e Canoinhas, devido o esvaziamento do INSS em função de aposentadorias, remoções e, ainda, exonerações voluntárias, por isso o Instituto hoje opera apenas 35% do pessoal administrativo.
A situação chegou ao ponto do Ministério Público Federal de Mafra abrir inquérito civil para investigar o caso.
Outro problema grave é a falta de peritos. Há apenas um profissional que atende Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, Papanduva, Monte Castelo, Itaiópolis, Mafra e Rio Negro.
Por causa da falta de pessoal, também não existe atendimento presencial para retirada de dúvidas.
E a situação tende a piorar em Mafra já que a previsão para julho deste ano é ter apenas 4 funcionários para o expediente, número muito abaixo do necessário para cobrir o atendimento normal da unidade.
Em nota ao Riomafra Mix, o INSS alegou que Instituto realiza medidas para agilizar a análise dos requerimentos. Em todo o país, foram montados polos de trabalho com grupos de servidores encarregados de analisar os processos em tempo integral. Mas há casos que a demora ocorre por pendências do próprio segurado, que não entrega a documentação exigida.
Também foi cedido concessão automática de benefícios e a instituição de um programa de bonificação por análise de benefício (previsto na MP 871), o qual aguarda autorização orçamentária para que possa ser executado. Os benefícios de salário-maternidade serão, inclusive, os primeiros a serem analisados dentro do programa.
Enquanto isso a falta de pessoal dificulta a aposentadoria de muitos trabalhadores como Frida Silveira dos Santos. A idosa de 64 anos deu entrada na aposentadoria em agosto do ano passado e até agora não teve resposta do INSS.
“Ligamos lá direto, mas sempre nos dão a mesma resposta, de que o caso está em análise. Só nos mandam aguardar e não sabem nos informar mais nada”, diz a filha de Frida, Vanessa dos Santos.
Casos como o de Frida se acumulam e, mesmo assim, não há previsão para destinação de pessoal ou concurso público para o INSS.