Golpe só foi descoberto porque sem conseguir fazer mais transferências pela internet, ela procurou a agência bancária; gerente identificou o golpe
Uma mulher de 65 anos caiu no golpe do falso sequestro na tarde desta sexta-feira, 31, em Canoinhas.
Segundo a Polícia Militar, a princípio ela depositou R$ 13,5 mil na conta dos golpistas. O dinheiro foi transferido por ela para uma conta bancária de uma agência do Rio de Janeiro (RJ).
Os falsos sequestradores telefonaram para a vítima perto do meio-dia alegando estarem com sua filha como refém. Com bastante brutalidade eles afirmavam para a mulher que se ela não depositasse R$ 16 mil na conta deles, eles matariam sua filha. Desesperada a mulher começou a fazer transferências pela internet para a conta dos bandidos.
Como não conseguiu mais fazer os depósitos online, foi até a agência onde tem conta em Canoinhas e tentou transferir mais R$ 2,5 mil para fechar o valor de R$ 16 mil. Como não conseguiu, procurou o gerente da agência e contou pelo que estava passando. O gerente identificou na hora que a cliente estava sendo vítima do golpe e chamou a Polícia, que orientou a mulher.
Dos R$ 13,5 mil transferidos, a gerência do banco conseguiu estornar R$ 5 mil. Mesmo assim, a mulher amargou um prejuízo de R$ 8,5 mil.
ALERTA
Na semana passada a PM divulgou nota alertando para a frequência de falsos sequestros registrados em Canoinhas e região.
Segundo a PM, houve um elevado número de chamadas na Central de Operações relacionadas a esse golpe nos últimos dias. Mas como o golpe funciona? Bandidos ligam para pessoas e tentam por meio de pressão psicológica conseguir dinheiro fácil, alegando que um amigo ou ente querido está sequestrado ou acidentado, e pede dinheiro, créditos de celulares pré-pagos em troca de sua libertação ou de informações.
A performance teatral dos golpistas muitas vezes inclui gritos no fundo do telefonema e fornecimento de detalhes da pessoa supostamente sequestrada para assustar e convencer o interlocutor a pagar rapidamente.
Muitas vezes ficam ligando direto no número do suposto sequestrado para mantê-lo ocupado de forma que não seja possível para os familiares fazer contato e verificar se está mesmo sequestrado. Em outra variante os golpistas ligam antes para o celular do suposto sequestrado e, dizendo ser da companhia telefônica e com a desculpa de fazer controles contra clonagem ou algo do tipo, solicitam que deixe o telefone desligado por 1 ou 2 horas (além de coletar informações).
“De forma geral, durante a conversa, nunca forneça ou confirme qualquer dado seu ou de seus familiares, como endereços, local de trabalho e afins. Se forem verdadeiros sequestradores já saberão de tudo, se não forem é melhor não muni-los de informações sobre você e sua família”, orienta a PM.