Município e MP fecham acordo sobre quadra de loteamento embargada

Das 40 casas embargadas no Conjunto Habitacional Nossa Senhora Aparecida, em Canoinhas, 16 foram liberadas em audiência conciliatória na Justiça Federal                                                                                                                       

 

Audiência conciliatória entre o Município de Canoinhas, a construtora Implantec, Caixa Econômica Federal e Ministério Público realizada na sexta-feira, 3, fechou acordo sobre 16 das 40 casas construídas no Conjunto Habitacional Nossa Senhora Aparecida, em Canoinhas.

No começo do mês de maio, o juiz federal substituto Pedro Paulo Ribeiro de Moura concedeu antecipação de tutela a pedido do Ministério Público Federal e determinou a suspensão imediata da construção das 40 casas, o que corresponde a duas quadras do loteamento de 400 moradias prestes a ser inaugurado. As casas foram construídas com recursos da Caixa Econômica Federal para serem comercializadas junto a famílias de baixa renda.

Segundo apontou a promotora de Justiça da Comarca de Canoinhas, Gisele Dutra, em Ação Civil Pública, o loteamento compromete a segurança do local. As 40 casas estão a 15 metros da Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas, com vista privilegiada para o que acontece no pátio da UPA. Além disso, estão a uma altura de 10 metros, o que para a promotora se torna estratégico para quem quer acompanhar a rotina da Unidade e, até, jogar objetos para os internos.

 

ACORDO

Segundo o assessor jurídico da prefeitura de Canoinhas, Douglas Conceição, uma vistoria técnica no loteamento realizado um dia antes da audiência de sexta deve nortear um acordo, mas o resultado da vistoria ainda não foi concluído. Dessa forma, na audiência de sexta ficou determinado que a quadra 17002, composta por 16 casas, seja liberada para moradia, considerando que, segundo o Ministério Público, “não tem ângulo de visada à construção do presídio equivalente aquele das casas que ficam diretamente em frente a ele.” As casas que ficam em frente à UPA compõem a quadra 17001. São 24 casas que continuam embargadas até nova audiência marcada para 29 de julho.

Preliminarmente estuda-se a construção de um muro ou outro dispositivo de bloqueio da visão da UPA a partir da quadra 17001.

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