Cidade atrai pessoas do mundo todo por causa dos jogos
A chegada da pandemia trouxe ao mundo grandes problemas de saúde e econômicos. Além deles, provoca tremendas mudanças práticas na vida doméstica. Seja por tédio ou por necessidade, todos querem voltar para a rotina normal da vida ou o que quer que ainda reste dela.
No caso de fãs de jogos, há muitas opções online. O setor está bem abastecido e não perdeu o ritmo na crise. Dá para conferir as melhores resenhas do LeoVegas casino, variar nos jogos e se divertir. Mas é claro que nada se compara a jogar num cassino ou fazer uma viagem com direito a jogos.
Em Las Vegas, a cidade que nunca dorme, a jogatina voltou a acontecer na semana do dia 1º de junho. O jejum de 78 dias foi quebrado com uma apresentação de águas superproduzida no Hotel Bellagio, ao som de “Viva Las Vegas” cantado por Elvis Presley. A opulência e a diversão parecem familiares, mas as medidas tomadas para a reabertura são bastante marcantes.
O governador do estado de Nevada, Steve Sisolak, aprovou a retomada gradual de atividades econômicas. Na cidade de Las Vegas, os jogadores são separados dos crupiês por um vidro de segurança e os dados são imersos em uma substância desinfetante depois de cada arremesso. O uso de máscaras não é obrigatório, mas encorajado. Já a tomada de temperatura dos frequentadores deve ser feita de forma regular.
Desde abril, os cassinos de Las Vegas também passaram a diversificar suas atividades, incorporando novas modalidades digitais a seu catálogo de operações. Isso foi sentido especialmente nas apostas esportivas: a autoridade estadual de regulação de apostas digitais liberou os operadores a explorarem apostas de diversos esportes eletrônicos.
Dessa forma, a indústria é retomada na medida do possível e com precauções. Mas muitos observadores levantam deficiências sérias no controle da pandemia em Las Vegas, mesmo com todas as precauções.
UM PROBLEMA DE MÉTODO
No Brasil, o problema da notificação de casos de covid-19 é conhecido e a quantidade irrisória de testes feitos com a população dificulta que atitudes realistas sejam tomadas pelas autoridades para combater a expansão da doença.
No caso de Las Vegas, a deficiência do método de contabilizar casos também traz críticas ao primeiro plano. O primeiro problema é que apenas residentes do estado de Nevada são contabilizados em caso de resultado positivo do teste para a doença. Ou seja, pessoas que viajaram e passaram por Las Vegas e contraíram a enfermidade por lá estão fora da contabilidade.
Esse não é um problema exclusivo do estado de Nevada, mas sim o padrão entre estados dos Estados Unidos. A questão com Las Vegas é que a quantidade de pessoas hospedadas na cidade era 20 vezes maior do que o de habitantes dela em 2019.
Esse método de trabalho pode levar a diversas imprecisões na estimativa de casos, e isso leva ao segundo problema: os supervetores. Eles são os indivíduos infectados que circulam e interagem com muitas pessoas, fazendo a quantidade de casos saltar de maneira expressiva.
O tempo de incubação demorado e uma grande quantidade de pessoas circulando em ambientes fechados aumentam muito a possibilidade de contágio que passe despercebido durante o período de reabertura – por exemplo entre os empregados dos hotéis e cassinos.
Em entrevista ao New York Times, o presidente da união laboral norte-americana UNITE HERE, D. Taylor, classifica os megacassinos da cidade como “cruzeiros marítimos sobre a terra”. O desafio pela frente é grande, e não é à toa: em 2019, foram 42,5 milhões de turistas passaram por Las Vegas, e órgão que monitora o turismo municipal estima que três quartos dos visitantes do município apostam enquanto lá estão.
Essas pessoas não apenas passam pelas mesas, rolam dados e encostam em superfícies. Elas também frequentam restaurantes e bares com amigos e familiares, conhecem pessoas novas e interagem. Voltando ao Brasil, podemos pensar exatamente nos mesmos cenários, com os shoppings substituindo os cassinos.
Por maior que seja o cuidado, a volta à atividade normal e despreocupada ainda deve demorar pelo menos alguns meses.