Comissão de representação dos produtores diz que propostas de reajustes não cobrem sequer o custo de produção
Foi realizada nesta sexta-feira, 24, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul (RS), a segunda rodada de negociação do preço do tabaco, referente à safra 2019/2020.
A comissão de representação dos produtores de tabaco que é formada pela Afubra, Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep), mais uma vez, não conseguiu entrar em acordo com as fumageiras para definição do preço do tabaco.
Participaram desta segunda rodada de negociação oito empresas. De acordo com a Afubra, a representação denuncia o desrespeito das fumageiras com os produtores de tabaco, pois as propostas de reajustes apresentadas não cobrem sequer o custo de produção. Outro ponto levantado pelas entidades é que as empresas descumprem as regras estabelecidas no Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro) sobre a metodologia do levantamento do custo de produção.
“É alarmante que as empresas que participaram da negociação apresentaram valor inferior ao custo de produção por elas levantado, variando de 2,1% a 2,85% os reajustes propostos. Sendo que uma não apresentou nem o custo e nem proposta de negociação. Um desrespeito com os produtores de tabaco, eles não veem a realidade do campo” afirma a comissão de representação.
No final do dia, a comissão deu por encerrada a negociação para esta safra e solicitou reunião do Foniagro para o dia 5 de março, com objetivo de padronizar a metodologia do custo de produção e unificar o levantamento dos dados para serem seguidos pelas empresas e a representação dos produtores.
Com informações da Afubra