No 11º programa, agricultura e Independência são os temas

No 11º programa, o programa de Beto Passos (PSD) aproveitou o feriado para falar sobre o Dia da Independência. “Hoje é um dia especial, o dia da nossa Pátria, de um País maravilhoso, de uma gente ordeira e trabalhadora. E assim é o povo de Canoinhas, um povo ordeiro e trabalhador que acredita no nosso potencial e luta dia após dia para fazer de Canoinhas um município cada vez melhor, com oportunidades, com mais igualdade e é esse município que Beto Passos e Renato Pike querem colocar de frente para o Brasil. Com crescimento, com geração de novos postos de trabalho, com amor a nossa cidade e valorizando a nossa gente”, disse Beto Passos.

Beto Faria (PMDB) falou sobre agricultura e ressaltou que é uma “atividade fundamental para o desenvolvimento de Canoinhas e que tem tido, ano após ano uma atenção especial”. Falou sobre a assistência técnica disponível aos produtores: “temos no nosso município uma escola quase centenária formando técnicos em agropecuária e que no dia a dia vem atuando na nossa atividade rural do município. Somada a essa capacitação recentemente foi implantado em Canoinhas o Instituto Federal que também tem formado técnicos em agroecologia e que certamente também estão atuando na assistência ao nosso produtor rural”.

Faria apresentou dados sobre a agropecuária apresentando os oito principais produtos com maior valor adicionado: fumo, soja, suíno, milho, frango, feijão e madeira. Citou que é presidente da Amprotabaco e que neste cargo levantou a bandeira do setor. Falou sobre a piscicultura: “está em fase de conclusão no distrito de Pinheiros a construção de um frigorífico para peixes que vai tornar a atividades mais lucrativa”. Falou sofre a fruticultura: “que encontra-se em plena expansão em nosso município”. Enfatizou a importância no Planorte Leite.

Sobre o futuro, Faria prometeu aprimorar o incentivo à fruticultura, auxiliar no fornecimento de mudas olerícolas, apoiar novas agroindústrias, manter e ampliar o programa de incentivo à pecuária leiteira, estimular o programa de ovinocultura, ampliar a piscicultura, fortalecer o conselho de desenvolvimento rural e ampliar as ações do Programa Porteiro Adentro.

 

preto no brancoVamos aos fatos. Beto Passos (PSD) ressaltou o que Canoinhas tem de melhor: o seu povo e prometeu novamente a criação de novos postos de trabalho. Não disse como fará. Só para lembrar: em 2017 fará uma década que prometeram que a Aurora viria para a terra da erva-mate. Há 10 anos prometem a criação de empregos. Beto Passos não deu pistas de qual carta tem na manga para que isso aconteça.

Beto Faria (PMDB) tem razão ao dizer que a agricultura é atividade fundamental no município. 26% da população vivem na área rural: são 3.6000 famílias. Faltou dizer que a maioria dos programas do seu governo foram herdados de Leoberto Weinert e que criou poucas coisas novas que atingem um público restrito. O carro-chefe “Porteira Adentro” está exaurido e não consegue atender a demanda. Quando chega às propriedades é eficaz, mas a demora para rodar pelas 60 localidades torna a espera pelas máquinas e equipamentos demorada. Neste ano, a caçamba do programa está na área urbana atendendo a demanda da Secretaria de Obras. Faltou material como brita, pedra e cascalho também. E é por estas dificuldades que talvez Faria não tenha abordado o Porteira Adentro com tanta ênfase em seu programa de rádio. Faria também falou sobre o Planorte Leite, que não é um programa municipal, mas regional e que conta com o trabalho de diversas entidades, entre elas, claro, a prefeitura. O trabalho desenvolvido na assistência técnica na região para a agricultura familiar e especialmente em relação às agroindústrias vem em grande medida da Epagri. Faria falou sobre o Colégio Agrícola e sobre o IFSC que, vale lembrar, são mantidos pelo Estado e pelo Governo Federal. E, faltou comentar o principal: a melhoria da malha viária. O agricultor deseja condições de trafegabilidade para escoar a sua produção, para fazer chegar a ração às propriedades. As estradas estão ruins e Beto Faria não falou como vai fazer para garantir ao produtor o direito de ir e vir em boas condições tanto na safra, quanto fora dela. Porque, como bem enfatizou Faria, a suinocultura está em terceiro lugar nas atividades que contribuem economicamente com o Município. E não existe safra para esta cadeia. A ração e os animais precisam chegar e sair semanalmente, assim como o leite. Para um município que depende da agricultura, Faria está devendo em suas propostas.

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