Enquanto Beto Faria frisou suas obras, Beto Passos falou em impulsionar geração de empregos
No segundo programa de rádio, os dois candidatos a prefeito de Canoinhas focaram em aspectos econômicos de suas respectivas campanhas.
Beto Faria (PMDB), que abriu o programa eleitoral, repetiu a tática de 2012 ao colocar o ex-prefeito Leoberto Weinert (PMDB) em destaque.
Locutores começaram falando sobre o projeto de Beto Faria que “está mudando Canoinhas em várias áreas”. “Como é possível que uma prefeitura faça tantas coisas quando a economia não vai bem?”, perguntou Stela Maris. O locutor Cleber Marcel respondeu: “Gestão, essa é a resposta. Sem capacidade de gestão isso não seria possível”.
Leoberto Weinert falou sobre o projeto que, segundo ele, teria iniciado com seus dois governos. “Esse planejamento está sendo colocado em prática dentro de um modelo ético, transparente e dentro da honestidade e transparência”, afirmou.
“O Beto fez muita coisa, mas não dá tempo de falar aqui. Acesse o Facebook (da campanha), alerta o locutor.
Stela falou da experiência de Leoberto. “Vem pra cá Beto do Bem, Beto do 15”, disse Cleber.
Beto Faria elogiou as palavras de Leoberto e reafirmou sua capacidade de gestão. “Firmamos um pacto. Administração íntegra e limpa. Estamos dando exemplo de que existe políticos éticos e honestos. Centenas de municípios quebraram, mas mesmo assim conseguir continuar crescendo. Aperfeiçoamos nossa forma de trabalho. Nosso modo de trabalho todos já conhecem. Funcionários que trabalham com o respeito de seus gestores, produzem muito mais. Campanha limpa, com propostas”, disse. Faria fez um convite para que “as pessoas que amam Canoinhas e que viram a transformação acontecer. Canoinhas não pode parar.”
Beto Passos abriu seu programa falando das propostas do plano 55. Desenvolvimento econômico, emprego e renda foi o tema do programa. “Sabemos que Canoinhas sofre com a falta de empregos. O que fazer?”, questionou o locutor Tato Mansur.
Passos disse que a falta de emprego gera uma série de problemas. “A nossa proposta é de fazer um parque industrial em Canoinhas para micro e pequenas empresas nas mais diferentes modalidades e setores. Temos de olhar para a frente, para que Canoinhas tenha empregos de verdade. Potencializar o setor de desenvolvimento econômico.” Beto Passos e Renato Pike vão cobrar posicionamento firme do Governo do Estado, garantiu Passos. “Vamos trabalhar incansavelmente para gerar empregos”, concluiu.
Vamos aos fatos. Quando Beto Faria diz que Canoinhas continuou crescendo sob sua gestão, não é bem assim. Vítima da crise econômica que assola o País e que levou os Municípios a encolherem receitas, o prefeito de Canoinhas viu a gestão fiscal do Município piorar durante seu mandato. É o que mostra o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado há um mês. O índice é divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e contempla 4.688 Municípios brasileiros analisando itens como receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. Saiba mais clicando aqui.
Do outro lado, quando Beto Passos fala em criar um parque industrial para micro e pequenas empresas, deixa a proposta extremamente vaga. De onde vai tirar recursos? As empresas serão subsidiadas pelo Município? Isso é possível?
Hoje e desde sempre, qualquer empresário que demonstre capacidade de gerar empregos ganha um terreno da prefeitura para explorar por terminado período, independente do tamanho do negócio. Tanto que há vários processos de reintegração dos terrenos em banho-maria na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Concentrar estes terrenos em um parque não me parece que resolva a questão do desemprego.
Assim como, quando fala em cobrar atitude do governo do Estado, que ainda não mostrou que proposta tem para o Município, Passos esquece que seu partido, o PSD, é governo e apoiou o mandato de Beto Faria. Logo, já poderia ter cobrado ação do governo nos últimos quatro anos. É isso.