Maioria dos pesselistas migrou para o Patriotas
NOVO PSL
Vereador Célio Galeski entregou anteontem pedido formal de desfiliação do PL. Ontem ele protocolou o pedido de desfiliação na Justiça Eleitoral e, então, deve se filiar ao PSL, onde vai assumir a presidência do novo diretório municipal. O ex-partido do presidente Jair Bolsonaro sofreu grande evasão em Canoinhas depois que o presidente anunciou que fundaria o Aliança pelo Brasil. Como o novo partido não ficará pronto até as eleições municipais, boa parte dos peeselistas migrou para o Patriotas, como a coluna mostrou na segunda-feira, 9.
Segundo Galeski, o partido sofrerá uma renovação na cidade. “Várias pessoas têm nos procurado e isso nos deixa muito felizes. O que ocorre aqui é o contrário de outras regiões do país”, afirma se referindo ao desmonte do partido em várias regiões do país.
Adelmo Alberti, prefeito de Bela Vista do Toldo, também está no PSL. Tanto ele quanto Galeski veem um grande potencial no partido, que deixa de ser de Bolsonaro, mas segue sendo do governador do Estado, Carlos Moisés. Galeski esteve em Florianópolis recentemente para articular com lideranças estaduais do partido.
Sobre a possibilidade de o PSL lançar candidatura a prefeito, Galeski não descarta e reafirma seu desejo de concorrer a majoritária. “O PSL vai se organizar para participar da majoritária e esse é o desejo do governador do Estado”, frisa.
DESCARTADOS
Leitor encaminhou foto à coluna mostrando que livros estavam sendo descartados da biblioteca da Escola de Educação Básica Almirante Barroso, de Canoinhas. Segundo o coordenador regional de Educação, Ethel Jacomel, portaria da Secretaria de Educação determina que o livro didático “considerado genericamente inservível” pode ser classificado como ocioso por ser excedente ou irrecuperável por não servir mais ao ensino por estar danificado ou obsoleto e, portanto, pode ser doado a instituições de caridade que, no caso específico foi a Apae.
CONVOCAÇÃO

Vereador Mario Erzinger (PL) fez uma convocação na sessão de ontem da Câmara para as manifestações convocadas por grupos de extrema direita na internet, endossados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Estamos vivendo um novo momento a nível de país. Independente da condição partidária, vivemos um momento histórico onde naturalmente as pessoas estão indo às ruas manifestando seu apoio ao presidente da República. Estou indo lá por causa dos meus filhos. Respeito o Congresso Nacional, mas é importante acompanharmos o momento histórico que o país está vivendo. Independente de partido político, penso no futuro do nosso país”, afirmou.
PORÉNS
Na verdade o movimento a que o vereador se refere é político-partidário sim, pois foi convocado e segue em total e irrestrito apoio ao presidente Bolsonaro, tanto que foi reforçado por ele mesmo. Por mais que o vereador diga respeitar o Congresso, o movimento se posiciona como pressão aos deputados e senadores para que façam a vontade do presidente, ignorando a independência de poderes alicerçada na democracia.
Que Bolsonaro foi eleito de modo justo e incontestável é fato, agora isso não lhe dá poderes irrestritos, por mais que milhares possam ir às ruas em sua defesa. Se quisermos continuar em uma democracia, Bolsonaro vai ter de aprender a ser contrariado pelo Congresso. Se todos os que o antecederam se submeteram ao Legislativo porque para ele as regras têm de ser diferentes? Do contrário, como disse seu filho, pega um cabo e um soldado e fecha o Supremo. De arrasto leva também o Congresso. Só que aí, manifestação de rua só se for para passar pano para o presidente mesmo. E se fechar o Congresso, para que manter abertas as outras instâncias legislativas como as Câmaras de Vereadores, das quais Erzinger figura como titular e já se colocou como candidato a reeleição?
UNIGUAÇU
O uso do termo “permissão” salvou a instalação de uma possível crise entre Executivo e Legislativo em Canoinhas. Trata-se do projeto de lei que permite e não cede o uso da Escola Aroldo Carneiro de Carvalho para a Uniguaçu, centro universitário de União da Vitória por dois anos prorrogáveis por mais dois.
A alteração garantiu a aprovação unânime do projeto, mas não deve livrar o prefeito Beto Passos (PSD) de retaliação das instituições de ensino superior já instaladas em Canoinhas e que ficaram furiosas com a deferência com que Passos tratou a Uniguaçu.
DESTAQUE
Mafra alcançou os trading topics do Twitter ontem por causa da repercussão negativa da agressão de um policial militar contra uma mulher detida no mês passado. Vídeo que registrou a ação viralizou nas redes sociais.
VIOLÊNCIA
Já está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que estabelece que entre as medidas protetivas às mulheres vítimas de violência conste que o agressor terá de frequentar grupos de reeducação e reabilitação com acompanhamento psicossocial. O projeto é da deputada Anna Carolina (PSDB).
Se a proposta for aprovada a regulamentação ficará a cargo do Governo do Estado. A iniciativa já é uma realidade em vários locais, inclusive em algumas comarcas de Santa Catarina.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Assembleia Legislativa, através das comissões de Finanças e Tributação e de Agricultura e Política Rural, promove nesta quarta-feira 11, a partir das 13h30 no Plenarinho Stuart Wright, uma audiência pública para debater o fim a isenção de ICMS sobre os defensivos agrícolas em Santa Catarina. Solicitado pelo deputado Marcos Vieira (MDB), o encontro visa abordar o tema junto a entidades e o governo estadual, uma vez que a Lei 17.820, aprovada em dezembro de 2019, que garante a isenção tem validade até 30 de abril desse ano.
ISONOMIA
Sobre este assunto, por sinal, o governador Carlos Moisés da Silva soltou uma nota ontem à tarde: “O Governo do Estado não estuda nenhum projeto de aumento de imposto dos defensivos agrícolas. A discussão encontra-se em âmbito federal, no fórum do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Governo do Estado reconhece e destaca a importância do homem do campo, responsável por 30% do PIB catarinense por meio do agronegócio. O que buscamos e defendemos é o consenso entre as Unidades da Federação com o objetivo de estabelecer uma alíquota igualitária, promovendo a justa concorrência do agronegócio em todo o Brasil.
Com a isonomia dos tributos, entendemos que haverá condições favoráveis para que o setor mantenha o desempenho de destaque, que coloca Santa Catarina em evidência no mercado brasileiro e internacional.”
APROVADOS
A Assembleia aprovou ontem projeto de autoria do deputado Valdir Cobalchini (MDB) que institui a Política de Proteção aos Direitos da Pessoa com Câncer, com o objetivo de assegurar a igualdade, o acesso ao tratamento adequado e ao exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com câncer.
Outro projeto aprovado, de autoria de Luiz Fernando Vampiro (MDB), trata do oferecimento de acomodação separada para as mães de natimorto e/ou mães com óbito fetal atendidas na rede pública de saúde do estado.
VAI E VEM
Por maioria de votos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) admitiu nesta terça-feira, 10, o Projeto de Lei do deputado Jessé Lopes (PSL), que exige exame toxicológico dos candidatos ao ingresso em universidades públicas estaduais. Apesar do parecer da relatora pelo arquivamento, a bancada fundamentalista que estava em peso na CCJ derrubou o parecer.
Estruturado em 10 artigos, o texto estabelece que o comprovante deverá ser entregue pelo candidato no momento da matrícula, com a coleta de material sendo feita, no máximo, 60 dias antes da data da inscrição acadêmica e janela de detecção de 180 dias.
Antes de ser votada em plenário a proposta ainda será analisada pelas comissões de Educação, Cultura e Desporto; e de Prevenção e Combate às Drogas.