O governador Raimundo Colombo (PSD) testou sua base na Assembleia – e foi muito bem sucedido – nesta semana ao ver passar propostas polêmicas que saíram do Executivo. A mais polêmica, a que aumenta a carga horária dos policiais e bombeiros, teve emenda, mas cumpriu o objetivo pretendido de momento por Colombo.
Não tão polêmica assim, mas ainda capaz de suscitar discussão, o rebaixamento das Secretarias de Desenvolvimento Regional em Agências é a pá de cal que faltava para soterrar de vez a cada vez mais tímida participação das autarquias no Governo.
Quando criadas por Luis Henrique da Silveira, as SDRs tinham um propósito muito bem definido, mas que pouca gente entendeu. Prova disso é que certa vez, LHS decidiu que assistiria uma reunião do Conselho que aprova os projetos apresentados pelos prefeitos da SDR Canoinhas. Nem bem o primeiro pleito foi apresentado e, irritado, LHS levantou e esbravejou: “Não é nada disso!”. O sentido do Conselho havia sido deturpado.
LHS se referia ao desnecessário ato de se reunir um conselho para aprovar projetos como o que passou nesta semana, assegurando a compra de um elevador para a Apae. Alguém, em são consciência, rejeitaria tal projeto?
Para o finado ex-governador, o Conselho deveria ser um fórum de discussões sobre as prioridades da região. Acabou se tornando uma caneta automática que só ratifica o que já vem pronto.
Agora, como agência, o Conselho tem poder consultivo e não mais deliberativo. Na prática vai fazer o que sempre fez: referendar projetos óbvios como conservação de estradas e melhorias para entidades filantrópicas que, com muita sorte, terão recursos liberados em Florianópolis. Dessa forma, Colombo pretender fazer agonizar a estrutura pelos próximo três anos, dando a seu sucessor toda a argumentação necessária para extinguir de vez as autarquias.
Um pé fora
A Reunidas vendeu 40% das linhas interestaduais que partiam do Terminal Rodoviário de Canoinhas, sob as quais detinha direitos exclusivos até 2017. A Ouro e Prata, por exemplo, comprou o principal destino, para Curitiba e, também, para São Paulo. As linhas estaduais permanecem com a Reunidas.
Quem viajou com ônibus da Ouro e Prata conta maravilhas: veículos cheirando a novo, motoristas simpáticos e até a velocidade é informada aos passageiros.
Segundo nota do jornalista Rafael Martini, do Diário Catarinense, a venda de linhas faz parte de uma reestruturação administrativa da Reunidas que visa desligar 1,1 mil funcionários. A empresa confirma o número, mas ressalta que 500 funcionários foram absorvidos pela Viação Ouro e Prata e Planalto Transportes, que compraram as linhas.
O PR de Canoinhas ofereceu um jantar para o deputado federal Jorginho Mello e o secretário de Turismo, Cultura e Esportes de SC, Felipe Mello (pai e filho), na sexta-feira, 13, logo depois da liberação de recursos para conclusão de um ginásio de esportes no Campo d’Água Verde.
A foto pode ser um indício da escolha política de Renato Pike em 2016. Na ausência de Beto Passos (PSD), Jorginho, Pike e Felipe fotografaram ao lado de Beto Faria (PMDB).
Mandato na berlinda
O PT de Canoinhas está juntando provas de que a vereadora Cris Arrabar está de mudança para o PR. Com isso pretende cobrar na Justiça o mandato da vereadora.
Para o PT, Cris se antecipou à janela para troca de partidos, que só vai abrir em março, e já milita no PR.
As chances do PT ter sucesso na empreitada são pequenas, mas existem.
Mal-estar
Prefeito de Major Vieira, Orildo Svergnini (PMDB), causou mal-estar no presidente da Câmara, Juraci Allievi, ao confrontá-lo durante reunião do Conselho Regional na terça-feira, 17.
Severgnini disse que o Município tem fisioterapeuta e não há necessidade alguma de deslocar crianças da Apae para Canoinhas, conforme Allievi teria sugerido anteriormente.
Chocado, Allievi correu ao microfone para desfazer o que chamou de mal entendido. “Pelo amor de Deus, prefeito, não foi isso que quis dizer”, apelou.
RÁPIDAS
ANTOLÓGICO: “Sou do tempo do fio de bigode, não tenho, mas honro.” Frase do prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, ao comentar os pleitos de seu Município.
PESSIMISTA: “Quem está conseguindo plantar, não sabe se vai colher”, disse o prefeito de Irineópolis, Juliano Pereira, preocupado com as intempéries, que têm castigo os agricultores da região.
A PROPÓSITO: Beto Passos (PSD) foi convidado por Pike de última hora para o jantar de sexta-feira, 13, mas gentilmente recusou porque já tinha compromisso firmado.
NÃO GOSTOU: Deputado Antonio Aguiar também recusou o convite de última hora, mas não foi tão gentil assim: “Se convidam de última hora é porque não querem que eu vá”, disparou.
FALTA MANUTENÇÃO: Se está difícil pra você, imagina para o secretário regional Ricardo Pereira Martin, que encalhou na SC-303, em Barra Mansa, nesta semana.
TRÊS BARRAS: Mesmo com pressão dos vereadores, prefeito Elói Quege vai prosseguir com a terceirização dos serviços de água e esgoto. Apenas uma empresa se inscreveu no processo licitatório.