O uso de tecnologia para transformar e inovar o ensino profissionalizante

Muitos estudantes são nativos digitais, e diante deste fato é essencial ampliar os métodos de ensino utilizados

 

 

Diane Ruteski e Vanuza dos Anjos*

 

 

O mercado de trabalho exige que o profissional seja qualificado, porém ter um diploma na mão não é suficiente, o aluno precisa sair da sala de aula preparado para atuar nas mais diversas situações. Eis o grande desafio do professor do ensino profissional.

 

 

Especificamente no mercado de trabalho, é imprescindível que as pessoas desenvolvam múltiplas competências, e isso exige mais que aulas tradicionais de um currículo básico como costumeiramente viu-se ao longo dos anos, sobretudo mais recentemente após implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996).

 

 

Um recurso didático que favorece muito nesse processo é o uso das tecnologias voltadas para a ação profissional. Muitos estudantes são nativos digitais, ou seja, já nasceram na era da tecnologia, e diante deste fato é essencial ampliar os métodos de ensino utilizados, inserindo o uso da tecnologia em sala de aula, facilitando assim o processo de ensino e aprendizagem.

 

 

O uso das tecnologias estimulam a participação dos alunos nas aulas, proporcionam o respeito a aqueles que possuem diferentes ritmos de aprendizado e acima de tudo, desenvolvem a cooperação e a proatividade dos estudantes.

 

 

Sabe-se que a tecnologia pode ser introduzida dentro do contexto escolar, sendo uma eficiente forma de comunicação do professor com os alunos nativos digitais. Porém, existe um contraponto nessa afirmação, pois nem todos os professores têm a mesma empatia com as tecnologias. Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 79) afirmam que:

 

 

 

O mundo moderno requer um docente que promova discussões nas salas de aulas, que estimule o protagonismo dos alunos e seja o mediador de crianças e jovens, os quais ensinam a si mesmos e uns aos outros. Se há algo que precisa ser dito é que os professores devem investir na sua formação e ampliar os seus horizontes. Não podemos continuar fazendo o mesmo. É preciso inovar. Motivar. Encantar. Inspirar. Um dos caminhos para essa mudança é buscar práticas de diferenciação pedagógica. Não cabe mais ensinar o aluno como se estivéssemos ensinando a um só.

 

 

Por muito tempo, o professor era a única fonte do saber dentro de uma aula, atualmente sabe-se que os alunos saíram do papel de expectadores e passaram a contribuir para a disseminação do conhecimento, as aulas são constituídas de trocas de experiência formando o aluno para a sociedade como um todo, através de bons recursos tecnológicos é possível facilitar a disseminação de conhecimento dentro da aula.

 

 

Dessa forma percebe-se a grande responsabilidade que o docente e a instituição têm na educação profissional. Para formar um profissional competente, a realidade das práticas pedagógicas da escola tradicional não atende as expectativas. Atualmente os jovens têm muitas tecnologias a sua disposição, vivem conectados, e se a metodologia utilizada não encantar o aluno, ele não se motiva a aprender.

 

 

O docente deve ater-se a detalhes que cativem o discente, e ajudem o aluno a desenvolver-se para o mundo do trabalho, tanto no conhecimento técnico quanto em suas habilidades comportamentais.

 

 

Como dizemos no Senac, nosso aluno deve sair daqui um profissional competente, mas o que é ser competente? É um profissional que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

 

 

*Diane Ruteski é graduada em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão da Excelência nos Negócios das Organizações, Especialização em Tecnologias para Educação Profissional, pós-graduanda em Educação e Diversidade  e graduanda em Pedagogia.

 

Vanuza dos Anjos é graduada em Administração de Empresas, graduada em Logística, possui MBA em Gestão da Excelência nos Negócios, Especialização em Tecnologias para Educação Profissional, Pós em Docência no Ensino Profissional, pós-graduanda no MBA em Gestão Estratégica e graduanda em Pedagogia.

 

 

**BACICH; Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI; Fernando de Mello. Ensino Híbrido: personalização e tecnologia da educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

 

 

**BRASIL. Lei nr. 9394 de 20 de dezembro de 1996. [1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 1 nov. 2018.
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