Obra de expansão da WestRock terá empresas especializadas e terceirizadas

Empresa informa que ainda não é possível mensurar quantos empregos devem ser gerados a partir da plena implementação do projeto de expansão

 

 

Desde que a WestRock anunciou o plano bilionário de expansão da unidade de Três Barras, as especulações não param de aparecer. Desiludidos com o desemprego, muitos moradores da região querem saber qual a perspectiva de geração de empregos. Esta resposta, infelizmente, ainda não se tem. A empresa afirma que neste momento, ainda não é possível precisar quantas novas vagas serão abertas.

 

 

A expansão será, principalmente, de ampliação e otimização dos recursos industriais existentes, o que inclui a instalação de novo pátio de madeira, a ampliação das linhas de celulose, novas caldeiras de força de recuperação e a ampliação das máquinas de papel, além da instalação de equipamentos de suporte à produção. Os trabalhos se iniciam em fevereiro, têm previsão de encerramento em março de 2021 e contarão com canteiro de obras. Para a fase de implementação da expansão, serão contratadas empresas especializadas e terceirizadas.

 

 

 

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PREVISTAS

  • Substituição de sistemas de processamento de madeira;
  • Ampliação da planta de cozimento de cavacos;
  • Nova linha de lavagem de celulose de pinus;
  • Nova planta de evaporação/concentração de licor negro;
  • Nova caldeira de recuperação química;
  • Ampliação da planta de preparação de licor branco;
  • Nova caldeira de força;
  • Novo turbogerador de energia elétrica por cogeração;
  • Ampliação das máquinas de produção de papel;
  • Ampliação de sistemas auxiliares de utilidades;
  • Ampliação da planta de tratamento de efluentes.

 

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS ESPERADOS

  • Aumento na geração de energia elétrica por cogeração;
  • Aumento da eficiência no aproveitamento da madeira por diminuição de perdas;
  • Melhoria das instalações do pátio de madeira nos aspectos de segurança e meio ambiente, como melhor controle de ruído;
  • Aumento do rendimento de cozimento pela eliminação das cascas de eucalipto e também pela redução de finos;
  • Aumento na recuperação de energia no Blow Heat;
  • Aumento na economia de vapor na evaporação de licor negro;
  • Ganho de escala e melhores tecnologias empregadas na planta fabril;
  • Aumento na produção de papel, produzindo ao máximo por metro linear em papel de maior valor agregado.

 

R$ 1,2 bilhão

é quanto a WestRock pretende investir na obra de expansão da fábrica de Três Barras

 

 

 

 

REPERCUSSÃO

O projeto de expansão da WestRock foi motivo de debate na Câmara de Vereadores de Três Barras. A vereadora Siomara Muhlmann Correa (PP), puxou uma longa discussão na semana passada. Sugeriu que os vereadores montem uma comissão para cobrar investimentos do Governo do Estado no município de Três Barras.

 

 

Segundo Siomara “a gente deve montar uma comissão para ir cobrar as demandas do governo estadual e exigir que a gente receba a mesma atenção que o município de Araquari, que recebeu toda a infraestrutura necessária quando recebeu a BMW”, justificou. Siomara acredita que o trabalho conjunto pode trazer bons resultados. “Precisamos unir forças”, disse.

 

 

Laudecir José Gonçalves, o Barriga (PR), também concordou com a união de forças e ilustrou o discurso da colega. “Da última vez que a Rigesa expandiu, recebemos um monte de promessas, mas até hoje nada (…) Em Araquari a BMW investiu 700 milhões e a cidade ganhou tudo, aqui em Três Barras o investimento foi de 1 bilhão de reais, e fomos esquecidos, não veio nada”, reclamou.

 

 

Fabiano José Mendes, Bano (PSD), também lembrou que a união dos vereadores vai garantir melhores possibilidades de negociar com o executivo estadual. “Esse é um momento de ser tresbarrense, de deixar a política de lado para que a gente possa garantir o melhor para nossa cidade. Quem é que não quer uma empresa forte? Quem é que não quem mais empregos? Vamos trabalhar para atender as pessoas, a gente precisará de recursos”, defendeu.

 

 

Somente durante o período das obras, que tem previsão de dois anos de duração, o município terá um aumento de demanda em segurança pública, no sistema de saúde, no sistema de transporte público de passageiros, no próprio comércio, além de as opções de entretenimento.

 

 

João Canani (PSB) também defendeu que os colegas fiquem de olhos abertos. “Na primeira expansão nós pecamos, não vamos pecar uma segunda vez”, relembrando que as promessas do Estado e União nunca saíram do papel e que muitas nem chegaram a ser projetadas.

 

 

O vereador ainda lembrou que com a ampliação, um segundo acesso a cidade deixa de ser “artigo de luxo” e passa a ser necessidade. “Nós só temos a SC 120 e ela está desmoronando, com a ampliação da WestRock nós precisamos de mais um acesso”, cobrou.

 

 

Prefeito Luis Shimoguiri (PSD) lembra que a economia da cidade deve ficar aquecida em diversos segmentos, tão logo cheguem as primeiras terceirizadas contratadas para a expansão. “Também haverá um incremento na geração de empregos diretos e indiretos durante todo o período das obras, especialmente no comércio e serviços”, garante.

 

 

Diante do novo empreendimento da WestRock, o prefeito disse que o Poder Público Municipal terá de unir esforços para iniciar o mais breve possível algumas obras de infraestrutura, principalmente, para tirar o fluxo de veículos pesados da região central cidade.

 

 

A principal delas é o desvio rodoviário, com contorno previsto pelo bairro Zilda Pacheco/ Argentina, a partir da rua Lumber e com traçado passando em paralelo à rua Antônio Simões da Mata até as proximidades da entrada da fábrica da própria WestRock. O projeto aguarda as liberações ambientais para o seu início.

 

 

Outra obra importante e aguardada pela comunidade é a reurbanização da Avenida Rigesa, cujo projeto de engenharia e arquitetura está em fase de conclusão. Apesar de dispor de recursos em caixa, mas que são insuficientes para custear a totalidade das obras, o município ainda busca linhas de financiamento como aporte financeiro.

 

 

O péssimo estado de conservação da SC-120, que liga Três Barras a BR-280, também é uma das preocupações do prefeito. “Precisa de uma recuperação emergencial, tendo em vista que a cada dia está mais deteriorada e oferecendo riscos aos transeuntes”, afirma.

 

 

 

 

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