28 de maio de 2020
Folha de S.Paulo
Inquérito do Supremo fecha cerco contra ‘gabinete do ódio’
Ao determinar medidas contra políticos, empresários e ativistas bolsonaristas nesta quarta (27), o ministro Alexandre de Moraes (STF) citou a suspeita de participação do chamado “gabinete do ódio” (grupo de servidores lotados na Presidência da República) em um esquema para disseminar notícias falsas e ofensas contra autoridades e instituições, entre elas a própria corte.
Na decisão em que autoriza a Polícia Federal a cumprir mandados de busca e apreensão contra os alvos do chamado inquérito das fake news, o ministro do Supremo diz, com base nos relatos de congressistas, que os investigados teriam ligações com o gabinete.
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O Estado de S.Paulo
Planalto contesta STF após operação contra fake news e alvos bolsonaristas
Numa operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal, a PF apreendeu documentos, computadores e celulares em endereços de 17 pessoas suspeitas de integrar uma rede de ataques a integrantes da Corte e convocou oito deputados bolsonaristas a depor. Considerada “abusiva” pelo Palácio do Planalto, a ação da PF tem como alvo o “gabinete do ódio” – grupo comandado por Carlos Bolsonaro, filho do presidente – e estremeceu ainda mais a relação entre a Corte e o Planalto. No despacho que ordenou a operação, Moraes definiu o gabinete do ódio como “associação criminosa”. A quebra do sigilo bancário e fiscal de empresários abrange o período entre julho de 2018 – período da campanha eleitoral para a Presidência da República – e abril de 2020. Em contra-ataque ao STF, Bolsonaro reuniu-se emergencialmente com ministros. Ele planeja pedir habeas corpus preventivo para Abraham Weintraub, após o ministro da Educação ser convocado por Alexandre de Moraes para explicar sua fala envolvendo o STF na reunião ministerial de 22 de abril.
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O Globo
Operação da PF aponta suspeita de financiamento ao ‘gabinete do ódio’
A Polícia Federal cumpriu ontem 29 mandados de busca e apreensão do inquérito que apura divulgação de fake news e ataques aos ministros do STF, que incentivam “a quebra da normalidade institucional e democrática”. Ao ordenar a ação, o ministro do STF Alexandre de Moraes menciona o “gabinete do ódio” como uma associação criminosa que dissemina notícias falsas. Entre os alvos da PF estão aliados e apoiadores do presidente Bolsonaro, como o ex-deputado Roberto Jefferson, o blogueiro Allan dos Santos, a ativista Sara Winter e os empresários Luciano Hang, das lojas Havan, e Edgard Corona, das academias Smart Fit. Moraes aponta que os empresários podem ter financiado a rede de desinformação e, por isso, Hang, Corona e mais dois investigados terão seus sigilos bancários e fiscais quebrados desde o período eleitoral em 2018. Corona pediria dinheiro, no grupo Brasil 200 Empresarial, para impulsionar mensagens contra o Legislativo. Os investigados negam as acusações. Oito parlamentares do PSL, como Carla Z ambel lie Bia K icis, irão depor à PF. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a suspensão do inquérito.
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