Operação na UFSC não afeta polo de Canoinhas

Justiça revogou prisões e determinou a soltura de suspeitos detidos em operação na Federal                                                  

 

A Justiça Federal determinou no início da noite desta sexta-feira, 15, a soltura dos sete suspeitos presos temporariamente na Operação Ouvidos Moucos da Polícia Federal. A decisão foi assinada pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger.

 

Os investigados Luiz Carlos Cancellier de Olivo, Márcio Santos, Marcos Baptista Lopez Dalmau, Rogério da Silva Nunes, Gilberto de Oliveira Moritz, Eduardo Lobo e Roberto Moritz da Nova ficaram detidos na Penitenciária de Florianópolis desde a tarde de quinta-feira, 14, quando haviam sido transferidos da carceragem da Polícia Federal (PF) após prestarem depoimento à polícia.

 

Ao fundamentar a decisão, a magistrada aponta que já foram prestadas declarações na PF, assim como realizada busca e apreensão de documentos, celulares e tablets. A operação da Polícia Federal apura suspeitas de desvios de recursos públicos destinados a cursos de educação a distância. Entre os alvos da investigação está o principal gestor da UFSC: o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo também havia sido preso temporariamente sob suspeita de interferir na investigação da corregedoria-geral da UFSC, que internamente apura as mesmas irregularidades verificadas pela PF.

 

POLO CANOINHAS

Canoinhas também tem um polo de apoio presencial da UFSC. Segundo a coordenadora, Sonia Sacheti, a operação não deve afetar o trabalho que é realizado em Canoinhas. ” Diante das notícias impactantes da UFSC referente a Educação a Distância temos a comunicar para a sociedade que segundo orientações do Departamento EAD da UFSC, vai-se dar continuidade ao Cronograma dos Cursos, normalmente. Não há nenhuma restrição quanto a isso até o momento. Mesmo diante do fechamento provisório do núcleo UAB/UFSC pela justiça, não temos paralisação das atividades”, afirma.

 

Em nota oficial sobre a Operação da Polícia Federal Ouvidos Moucos a Administração Central da UFSC se manifestou esclarecendo que o objeto principal do inquérito policial são denúncias de possíveis irregularidades na gestão de projeto de educação a distância vinculadas ao Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) financiado pela Capes e executado na UFSC desde 2006, com extensão em Canoinhas.

 

Sônia garante que a operação não abala a qualidade dos polos. “Enquanto Coordenação de Canoinhas sentimos o ocorrido, mas temos a certeza dos trabalhos da Polícia Federal e também da credibilidade do Programa pela UFSC. Continuaremos realizando sempre o excelente trabalho em prol da comunidade de Canoinhas e região e que nenhum fato desta natureza venha denigrir os trabalhos acadêmicos atualmente oferecidos para os cidadãos. Ações desta natureza são necessárias para se provar que existe uma rigorosa fiscalização, inclusive nos polos garantindo a lisura do processo”, conclui.

 

 

 

 

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