Leia a análise do colunista Edinei Wassoaski
Dos nove nomes anunciados por Beto Passos (PSD) na manhã desta quarta-feira, 21, como membros de sua equipe de governo, apenas Gil Baiano e Célio Galeski não são profissionais da área que vão administrar (Obras e Habitação respectivamente). Os outros sete são profissionais da área.
Essa informação é sinal de que Passos faz seu primeiro movimento administrativo significativo de maneira correta. É certo que conhecimento técnico não salva gestor nem nos livra de gente carrancuda e desumana atendendo em áreas sensíveis como Saúde e Educação, mas certamente alguém que desconhece a área que administra não é um bom prenúncio.
Galeski, aliás, já administrou a Secretaria de Habitação, portanto, embora esteja no cargo por força político-partidária, sabe onde está pisando. Assim como Gil Baiano garante que conhece todas as mazelas da infraestrutura canoinhense e, o milagre, acha que tem a solução para o problema que, sabemos, não é pequeno.
Ao nomear profissionais como Viviane Colares no Planejamento, pessoa sem nenhum vínculo partidário, Passos mostra que não está disposto a arriscar cargo de tamanha importância nas mãos de quem não economizou na sola de sapato para pedir votos durante a campanha, expediente muito comum em qualquer nova gestão municipal.
E a pressão, sabe-se, não foi pouca!
Renato Pike como uma espécie de super-vice acumulando as pastas de Administração, Finanças e Orçamento com o Desenvolvimento Econômico, é um voto de confiança do próprio Passos mostrando que não pretende ter um vice decorativo. Considerando o apoio do PR na campanha, se Passos empurrasse Pike para escanteio teria sérios problemas políticos, que se sobreporiam ao que realmente importa do ponto de vista dos canoinhenses. Bom ressalvar: Pike vai acumular cargos, mas até porque a lei não permite, vai receber somente o salário de vice-prefeito.
É um bom começo.