Ortopedista realiza cirurgia de ombro inédita no Hospital Santa Cruz

Tipo raro de luxação poderia levar o paciente à perda dos movimentos

 

 

 

 

Médico da Policlínica de Canoinhas, o ortopedista Douglas Schumann se compadeceu da situação de um rapaz que desde o começo do ano sofre com as consequências de um acidente de trânsito. Ele estava em uma motocicleta quando se acidentou e sofreu uma luxação de ombro que, segundo o médico, trata-se de uma lesão muito grave que leva gradualmente à perda de contato da articulação. A luxação dele era posterior, um tipo raro que limita os movimentos do ombro e atinge apenas 2% dos casos. “Ele chegou até a mim num estado avançado do problema”, explica.

 

 

 

 

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Schumann conta que é comum nestes casos o ombro sair do lugar, “aí a pessoa vai ao PA (Pronto Atendimento), o ombro é colocado no lugar, mas depois volta a sair do lugar, o que só agrava a situação”, explica. O rapaz teve uma limitação dos movimentos nesse período.

 

 

 

 

Schumann deveria encaminhar o rapaz para cirurgião que presta serviços para o SUS, mas, compadecido da situação e ciente da demora para que o paciente conseguisse a cirurgia, o ortopedista resolveu fazer a cirurgia no Hospital Santa Cruz, obtendo sucesso depois de cinco horas e meia de operação. “O paciente agora está bem”, afirma.

 

 

 

 

RARA

Não é a primeira vez que Schumann realiza uma cirurgia rara. Depois de ficar cerca de três anos com graves limitações nos movimentos do cotovelo esquerdo, provocado por uma luxação crônica, Maikon Teixeira da Costa, de 31 anos, também foi paciente do ortopedista em Curitiba, onde o médico mora (ele vem todas as quintas para Canoinhas atender na Policlínica).

 

 

 

 

A cirurgia exigiu a colocação de fixador, reconstrução de ligamentos do cotovelo; retirada de osteófitos – formações ósseas anormais que se formaram devido ao tempo da lesão; redução das articulações e colocação dos ossos no lugar, e ainda colocação do fixador externo articulado para proteção do reparo dos ligamentos.

 

 

 

 

Maikon já não conseguia mais fazer as atividades simples que exigissem flexão do cotovelo, como higiene pessoal, pentear os cabelos, pegar objetos, levar alimentos à boca. “A musculatura da mão esquerda estava hipotrofiada por falta de uso, em consequência da restrição da mobilidade do cotovelo O caso dele já estava conduzindo à atrofia”, diz o médico.

 

 

 

 

O paciente relata hoje que melhorou muito a movimentação do braço. “Foi uma grande ajuda, pois meu dia a dia estava limitado, estou bem satisfeito com a cirurgia e me esforçando na recuperação”, disse.

 

 

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