Os erros que levaram Merisio da liderança de votos a segunda colocação no Ibope

Candidato do PSD nega seu passado e causa má impressão no eleitorado

 

 

ERROS DE MERISIO

Líder de votos no primeiro turno das eleições catarinenses com 31,12% do total, Gelson Merisio (PSD) conseguiu despencar da liderança para uma impressionante diferença de 16 pontos percentuais atrás de Comandante Moisés (PSL) – diferença que representa 680 mil votos. O peesedista tem exatos seis dias para reverter esse quadro. Salvo Merisio mude sua estratégia, a insistência nas teclas nas quais bateu no primeiro turno vai levá-lo a derrota.

 

 

Merisio erra ao tentar se desapegar de Raimundo Colombo (PSD) e não defender seu governo. Quando Moisés, de modo genérico, diz que tudo está errado, Merisio não cita que, por exemplo, Santa Catarina é o Estado que mais investe com menos recursos no País, segundo ranking do jornal Folha de S.Paulo. Prefere ignorar o legado de Colombo e se apresenta como novo. Esquece o passado com Colombo e tenta colar sua imagem a de Bolsonaro, justamente o candidato à Presidência do partido de Moisés. Deu um belo motivo para ser ridicularizado pelo oponente, a quem o discurso de “novo” é coerente. Se Moisés tem boa capacidade de gestão não se sabe. Tirando a experiência militar, nada de público ele administrou até agora. Isso lhe dá ampla vantagem em relação a Merisio, que tenta apagar um passado muito fresco na cabeça do eleitor. Estratégia arriscada que tem tudo para lhe custar o mandato.

 

 

A mensagem do eleitorado é clara: não quer políticos tradicionais a partir de 2019. Merisio entendeu esse recado e quis se fantasiar de novo. Não deu certo. Poderia ampliar sua votação se assumisse que, eleito, será sim uma continuidade do governo Colombo, mas com capacidade de reconhecer os erros do antecessor (como ter ignorado solenemente os pleitos do Planalto Norte), apresentando o que pode fazer diferente. Negando aos seus, Merisio só tem a perder.

 

 

 

CESSÃO DE MAQUINÁRIOS

O Executivo canoinhense encaminhou projeto de lei à Câmara de Vereadores que permite que o Município possa ceder maquinário para os Municípios vizinhos. Segundo o prefeito Beto Passos (PSD), é obrigatório que os Municípios tenham uma lei de ajuda mútua. A ideia é que, quando houver uma situação excepcional de calamidade, os Municípios possam se ajudar. “Canoinhas vai ajudar e poderá ser ajudada”, acrescentou Passos.

 

 

EDUCAÇÃO

Cel Mário Renato Erzinger (PR) apresentou dois projetos de lei para alterar a grade curricular das escolas de ensino fundamental sob jurisdição do Município. Ele propõe a criação das disciplinas de Empreendedorismo e História de Canoinhas nas escolas municipais.

 

 

RECORDAR É VIVER

Há exatos dez anos Canoinhas recebia pela primeira vez a notícia da desistência da Coopercentral Aurora de investir na cidade. Primeiramente, e pelos próximos nove anos, a cooperativa cozinharia Canoinhas em banho maria, apenas adiando o fatídico anúncio de que definitivamente a cidade não estava mais em seus radares.

 

 

OUÇA A EXPERIÊNCIA

Em entrevista à série Raízes de Canoinhas, do JMais TV, o ex-prefeito de Canoinhas, José João Klempous, afirma que Canoinhas tem condições de gerar mais empregos e impostos se passar a beneficiar mais produtos na cidade, a fim  de vender o produto acabado. Ele lembra, com razão, que boa parte do que é aqui produzido, como o leite, por exemplo, é beneficiado lá fora.

 

 

A entrevista será publicada nesta semana.

 

 

 

VOTO CRÍTICO

A candidata da Rede, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, 22, “voto crítico” no candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro, do PSL.

 

 

“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”, disse Marina em nota.

 

 

Marina ficou em oitavo lugar no primeiro turno, com 1% dos votos.

 

 

 

 

 

 

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