Ouro do Judô é o destaque dos jornais desta terça

09 de agosto de 2016

O Globo

 

Manchete : Ouro que vem da Cidade de Deus

Rafaela Silva derrota judoca da Mongólia e ganha, a 8km de sua casa, a primeira medalha dourada no Brasil

O judô desencantou no terceiro dia de competições na Arena Carioca 1 e premiou uma lutadora em todos os sentidos. A carioca Rafaela Silva, de 24 anos, criada na Cidade de Deus e treinada no Instituto Reação, em Jacarepaguá, chegou à final da categoria até 57kg e venceu Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, por wazari, denominação para o golpe quase perfeito na modalidade. Foi a primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada do Rio. Considerada por especialistas a mais talentosa judoca nacional, Rafaela superou o trauma de Londres-2012, de onde saiu sem lugar no pódio, e lembrou a origem e os riscos da adolescência em meio à violência, que o judô a ajudou a evitar. Hoje, Victor Penalber e Mariana Silva sobem ao tatame.

Até a suja Baía recebe elogios

No primeiro dia das regatas de vela, as criticadas águas da Baía de Guanabara, beneficiadas pela frente fria que chegou à cidade, foram elogiadas pelos velejadores da classe Laser e RS:X. O bicampeão olímpico Robert Scheidt estreou no último e no primeiro lugares das duas primeiras corridas da Laser. (Caderno Especial)

 

Governo pretende exigir seguro para obras públicas

Mudança na Lei de Licitações prevê apólice para garantir entrega de projetos

A proposta para alterar a Lei de Licitações que está sendo negociada pelo governo com o Congresso prevê a exigência de as obras públicas terem um seguro para garantir a entrega dos projetos. A seguradora ficaria responsável por fiscalizar o cumprimento dos contratos e assumir os compromissos caso a obra pare, informa DANILO FARIELLO. O governo quer ainda unificar em uma só norma o Regime Diferenciado de Contratações, que acelera os processos e já é utilizado em algumas obras, e as práticas hoje exclusivas da Petrobras. O projeto deve ir a votação no Senado na semana que vem. (Pág. 15)

 

Processo contra Cunha avança na Câmara

O processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB) foi lido ontem na Câmara. A data da votação em plenário será decidida até amanhã. (Pág. 3)

 

PT ainda tenta adiar derrota

O relatório pelo impeachment de Dilma deve ser aprovado hoje no plenário do Senado, mas o PT ainda tenta adiar. (Pág. 4)

 

PF intima dona Marisa e Lulinha para depor

A PF em Curitiba intimou a mulher do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, e o filho mais velho, Fábio Luís, para depor sobre o sítio de Atibaia. (Pág. 5)

 

Pressionado, Meirelles recua

Após críticas do mercado, governo volta atrás e incluirá estados no projeto que prevê teto para despesas públicas. (Pág. 16)

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O Estado de S. Paulo

 

Manchete : Ela venceu o racismo

Hostilizada após eliminação há 4 anos em Londres, Rafaela Silva ganha 1º ouro do Brasil no Rio

Presos cambistas com esquema no COI (Esportes)

Veto a reajustes volta a projeto de ajuda a Estados

Para garantir a aprovação pela Câmara do projeto de socorro aos Estados, o governo retirou todas as propostas relativas à Lei de Responsabilidade Fiscal que acabariam impondo maior rigor na contabilidade estadual. Mas manteve duas contrapartidas consideradas inegociáveis pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: teto de gastos e restrição a reajustes e contratações por dois anos, à exceção dos assegurados pela Constituição. Com isso, o governo espera vencer resistência de parlamentares e acelerar tramitação do acordo, que deve ser votado hoje. (Economia B1 e B3)

 

PT tenta adiar votação do impeachment

Está marcada para hoje a votação da última etapa do processo de afastamento de Dilma Rousseff antes do julgamento final no plenário do Senado. Petistas e aliados manobram para tentar adiar a sessão. (Política A4)

 

PF intima mulher e filho de Lula em caso de sítio (Política A7)

 

Padre ligado a senador tem R$ 3,3 mi em bens (Política A7)

 

 

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Folha de S. Paulo

 

Manchete : Proposta da gestão Temer limita gastos dos Estados

Governo quer restringir reajustes, mas desiste de cortar despesa com servidores

O governo Michel Temer (PMDB) apresentou duas exigências para manter o alívio aos Estados no pagamento de prestações das dívidas à União: o teto para o gasto estadual, limitado à correção da inflação, e o limite para a concessão de reajustes e benefícios ao funcionalismo. Os dois dispositivos, que valem por dois anos, já fazem parte dos contratos assinados em junho com a maioria dos governadores. Caso não sejam respeitados, os benefícios serão revistos. Mudanças na renegociação das dívidas, que dependem do aval do Congresso, estão na pauta da Câmara. O Planalto avalia, porém, que a votação deve acontecer depois das eleições, por falta de unidade da base aliada. O governo desistiu de manter na proposta um dispositivo na Lei de Responsabilidade Fiscal que obrigaria Estados a cortarem gastos com servidores, ponto que sofria resistência de servidores públicos e governadores. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) disse que, apesar das mudanças, a equipe econômica não cedeu. A um custo de cerca de R$ 50 bilhões para a União, os Estados terão mais 20 anos para pagar as dívidas, além de obterem descontos nas prestações até 2018. Parte do Norte e do Nordeste, que está pouco endividado e não tem muito a ganhar com a renegociação das dívidas, pede repasses maiores do Fundo de Participação dos Estados. (Mercado pág. 1)

 

Gilmar Mendes diz que lei eleitoral estimula infração e defende mudanças (Poder a7)

 

Seca recorde no sul da Amazônia afeta distribuição de comida e poços (Cotidiano B9)

 

Ouro

A judoca Rafaela Silva, 24, conquistou ontem o primeiro ouro do Brasil na Olimpíada do Rio. Na categoria leve (até 57 kg), ela venceu a mongol Sumiya Dorjsuren na final com um waza-ari. Rafaela cresceu na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, onde começou a treinar aos cinco anos. Em Londres-12, foi eliminada, sofreu ofensas racistas e pensou em desistir do esporte. (Rio-2016 b1)

 

Odebrecht acerta empréstimo de R$ 500 milhões

A Odebrecht finaliza a negociação de empréstimos com Bradesco e Banco do Brasil, que deve totalizar R$ 500 milhões. Alvo da Lava Jato, o grupo colocou empresas à venda para tentar aliviar as dívidas de R$ 90 bilhões. (Ilustrada c2)