Em carta enviada ao JMais, Município rebate informações publicadas no fim de semana no site, apontando obviedades e erros grosseiros no estudo de tráfego feito pela Insight Consultoria para Canoinhas
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoinhas encaminhou nesta segunda-feira, 19, ofício rebatendo as informações contidas na reportagem “Estudo de trânsito no centro de Canoinhas traz conclusões óbvias” e na coluna de Edinei Wassoaski. Durante a elaboração da reportagem, o JMais procurou a assessoria de imprensa que indicou o prefeito Beto Passos (PSD) para responder aos questionamentos. O repórter Edinei Wassoaski entrou em contato com o prefeito, que afirmou que leria novamente o projeto e voltaria a entrar em contato com o site, o que de fato não aconteceu.
Agora, depois de publicada a reportagem, as respostas vieram por meio dos tópicos abaixo:
Em relação à matéria de sua autoria, intitulada “ESTUDO DE TRÂNSITO NO CENTRO DE CANOINHAS TRAZ CONCLUSÕES ÓBVIAS”, temos a esclarecer que:
- Se trata de “levantamento de fluxo viário da região central do Município, com emissão de diagnóstico de sentido de fluxo de veículos, avaliação e elaboração de documentação”.
- Consta na matéria que o JMais consultou três especialistas no assunto. Porém o nome de tais “especialistas” não são declinados.
- Em relação às conclusões “óbvias”, não se sabe para quem são tão óbvias. O levantamento pode até trazer conclusões sabidas pela comunidade, porém serve de base para que a Administração Municipal tome decisões e não fique somente no “achismo” como era feito anteriormente.
- Em relação aos “erros grosseiros” de português, estes não desqualificam o levantamento. O levantamento se baseia em números. Há que se dizer ainda que todos estão sujeitos a erros formais. E erro pode ser verificado inclusive em sua matéria, onde aponta que “Gilson Guimarães” era secretário de Infraestrutura de Canoinhas. Gilson foi Secretário de Planejamento e não de Infraestrutura. Porém, isso não altera a intenção da matéria e muito menos desabona o que foi escrito pelo jornalista. É o caso!
- O jornalista aponta inclusive como erro, no levantamento, que teria apontado que a empresa Milli se situa em Canoinhas. Isto não é verdade. Consta no levantamento que “o Município e região também abrigam indústrias do ramo de papel, celulose e produtos de madeira como a Cia Canoinhas de Papel e Mili S/A”.
Porém, o que mais chama a atenção na matéria é a parte que insinua que a contratação da empresa se deu por conveniência partidária. Isto não é verdade, senão vejamos:
- O Município abriu licitação para contratação da empresa para o levantamento em junho de 2017, sendo que somente participou do certame a empresa INSIGHT ENGENHARIA E CONSULTORIA. Porém, como tal empresa não apresentou a documentação técnica exigida pelo edital, foi desclassificada.
- Em seguida lançou-se novo processo de licitação, sendo que novamente a empresa INSIGHT ENGENHARIA E CONSULTORIA participou do certame e desta vez apresentou toda a documentação técnica exigida no edital, tendo, portanto, sido declarada vencedora do certame. O processo licitatório foi amplamente divulgado, tendo sido publicado o edital no Diário Oficial dos Municípios em 04/08/2017, no Jornal Diário do Planalto, em 04/08/201, no Diário Oficial de SC de 04/08/2017, no Diário oficial da União de 04/08/2017 e no Jornal A Notícia, edição de 04/08/2017.
- Causa estranheza o levantamento feito pelo jornalista de que o proprietário da empresa “foi candidato derrotado do PSD, nas eleições de Blumenau”.
- O edital de licitação, deve se deixar bem claro, não traz nenhuma exigência de que a empresa forneça atestados sobre a militância partidária de seus proprietários. Isto não está previsto na lei de licitações, a lei 8.666/90, até porque isto é irrelevante para a Administração Municipal.
- Assim não procedem sua insinuações, visto que a empresa foi contratada através do competente processo licitatório.
- Também, esta Administração tem a informar que, para completar os dados técnicos do levantamento apresentado, foi requisitado pela Secretaria de Planejamento que a empresa apresentasse, além do caderno principal, todas as contagens de tráfego, bem como pesquisas origem-destino, para melhor suporte de avaliação. E esta Secretaria entendendo que o objeto foi atendido, encaminhou o referido estudo para apreciação do Complan, e por conseguinte para Audiência Pública de apresentação, onde serão discutidos todos os aspectos relacionados a qualquer possibilidade de alteração no trânsito atual.
SOBRE A COLUNA “ESTUDO DE FLUXO DE TRÂNSITO É EMPULHAÇÃO”.
“Estudo de fluxo trânsito de Canoinhas não é empulhação”
Em relação à sua nota, Edinei Wassoaski comenta estudo que repete obviedades em relação ao trânsito de Canoinhas, temos a esclarecer que:
- O senhor diz que as conclusões do estudo são óbvias e esta é a sua opinião, que apesar de não ser técnica, visto que sabe-se que não possui nenhum conhecimento técnico em relação ao assunto, deve ser respeitada. O que não se pode admitir, porém, são as insinuações do que pode estar por trás da falta de ação do Município “diante de estudo tão inócuo”.
- Não há nada por trás. Simplesmente o que houve é que a Administração Municipal preferiu se basear em dados técnicos para buscar auxílio de modo a resolver a caótica e criticada situação do trânsito da cidade.
- O objetivo do estudo nunca foi somente com o propósito de abrir o calçadão, visto que isto se trata de poder discricionário da Administração.
- Cabe salientar que foi aberta licitação, sendo que o edital de licitação previa o seguinte “contratação de empresa para realizar levantamento de fluxo viário da região central do Município, com emissão de diagnóstico de sentido de fluxo de veículos, avaliação e elaboração de documentação”.
- O edital foi publicado no Diário Oficial dos Municípios em 04/08/2017, no Jornal Diário do Planalto, em 04/08/2017, no Diário Oficial de SC de 04/08/2017, no Diário Oficial da União de 04/08/2017 e no Jornal A Notícia, edição de 04/08/2017.