Nova forma de pagar pela passagem de ônibus deve ser implementada totalmente no começo de 2020
O Coletivo Santa Cruz, de Canoinhas, está mudando a foma de pagar e embarcar nos ônibus que fazem o transporte municipal na cidade. As roletas já foram modificadas e passaram a ficar na entrada e não nos fundos dos ônibus. A fim de acostumar os usuários com o novo modelo de embarque e pagamento, os cobradores foram dispensados e a entrada e cobrança são feitos pelo porta da frente. O motorista é responsável pela cobrança.
O segundo passo da mudança é que os usuários frequentes dos ônibus adquiram cartões magnéticos, que devem estar disponíveis até o fim do ano. Os cartões poderão ser carregados com créditos que poderão ser comprados na sede do Coletivo Santa Cruz ou em um ponto de venda a ser instalado na praça Lauro Muller (a praça dos ônibus). Cada passagem continua custando R$ 2,90. O usuário poderá carregar o cartão com qual valor desejar acima do custo por uma passagem.
“Primeiramente serão cadastrados idoso, portadores de necessidades especiais e usuários pagantes. No começo do próximo ano cadastraremos os estudantes no sistema”, explica Rodrigo Dams, que administra o Coletivo.
O primeiro cartão não terá custo nenhum. Se o usuário pedir uma segunda via, terá um custo de menos de R$ 5. “Paga-se somente pelo carregamento das passagens”, frisa Dams.
No caso dos empresários que fornecem vale transporte, basta fazer um depósito em uma conta bancária e enviar o comprovante de depósito ao Coletivo. Virtualmente o cartão ou os cartões dos funcionários da empresa serão recarregados com o valor informado. Será possível, também, pagar via boleto, que terá de ser retirado no escritório do Coletivo.
Usuários eventuais, que não queiram se cadastrar para ter direito ao cartão, poderão pagar em dinheiro direto para o motorista, como já está acontecendo atualmente.
CAMPANHA
O Coletivo já começou uma campanha dentro dos ônibus, espalhando panfletos informando os idosos e portadores de necessidades especiais para que façam o cadastro munidos da carteirinha que lhes garante a isenção da tarifa. “Será um recadastramento anual, como a prova de vida feita nos bancos”, exemplifica Dams.
O administrador do Coletivo afirma que a mudança será muito boa para o funcionamento dos ônibus. “Vamos ter todos os dados dos passageiros quase que em tempo real”, afirma.
A alta do preço dos combustíveis e a queda no número de passageiros foram fatores que contribuíram para a modernização do sistema. Isso porque, com a extinção do cargo de cobrador, o Coletivo estima uma economia substancial nos custos para colocar os ônibus em trânsito. Contudo, Dams explica que hoje só dois cobradores estão trabalhando e devem ser mantidos nos cargos vendendo cartões na praça. “Estamos trabalhando sem cobradores já há algum tempo”, explica Dams.