Pampa apreendida com 150 quilos de maconha pode fazer parte de rede internacional de tráfico de drogas

Foto: Pampa foi destruída para retirada da droga/Divulgação

A Pampa que o morador de Canoinhas, Lorrany da Silva Woehl, de 20 anos, dirigia recheada com 150 quilos de maconha quando foi apreendido em Porto União no domingo, 23, faz parte de uma rede internacional de tráfico de drogas. É o que aponta investigação da Divisão de Investigação Criminal (Deic) da Polícia Civil.

Nos últimos 10 dias, a polícia apreendeu 170 quilos escondidos nas latarias de dois carros velhos que entraram em Santa Catarina por rotas menos movimentadas.

Os motoristas geralmente são mulas, os transportadores contratados por distribuidores. A repetição indica a possível ação de uma quadrilha especializada, mas a polícia prefere não dar detalhes da investigação.

Na garagem da Deic, em Florianópolis, a Pampa e uma F 1000 estão com as latarias retorcidas para retirar entorpecentes.

A Pampa com placas de Naviraí (Mato Grosso do Sul) era dirigida por Woehl. A outra é uma F-1000 apreendida no dia 13 em Araquari, no Norte.

Na Pampa havia 150 quilos de maconha. Bombeiros foram chamados para abrir os compartimentos de ferro com equipamentos utilizados em resgate de acidentados. A maconha estava na parte lateral e na carroceria embaixo dos bancos.

Woehl, de 20 anos, que mora em Canoinhas, mas que serviu o Exército em Três Barras no ano passado, foi preso em flagrante. Um adolescente de 17 anos o acompanhava e foi liberado. A polícia diz que o mesmo veículo fez esse tipo de transporte outras três vezes.

Na caminhonete havia 20 quilos (10 de maconha e 10 de cocaína). O acondicionamento é feito com massa ou simplesmente jogado no espaço vazio da lataria.

Os tabletes de maconha ou cocaína podem passar despercebidos em abordagens pelas rodovias. Para descobri-los é preciso uma vistoria rigorosa ou investigação complexa sobre os envolvidos.

O delegado Cláudio Monteiro disse ao jornal Diário Catarinense que a montagem é feita no Paraguai, principalmente em Pedro Juan Caballero. De lá, os carros rumam a Santa Catarina para abastecer pontos de drogas pelo Estado.