Paulo Bauer será investigado por suposto caixa 2 em campanha

Senador, pré-candidato ao Governo do Estado, nega acusação                                        

 

Além do governador licenciado Raimundo Colombo (PSD), o senador catarinense Paulo Bauer (PSDB) também será investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o suposto recebimento de valores não declarados via caixa 2. O valor, no caso de Bauer, é de R$ 11,5 milhões não declarados para a campanha eleitoral de 2014, quando concorreu a governador. Na terça-feira, 7, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu autorizar a investigação em uma petição autônoma.

 

 

As supostas doações foram apontadas na delação premiada do ex-executivo da empresa Hypermarcas Nelson José de Mello. A citação ao político catarinense constava na petição que deu origem a inquérito contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também supostamente beneficiado por caixa 2. Com a decisão de Fachin, a PGR fará uma investigação específica para apurar o relato de Mello e decidir se apresenta denúncia ao STF. As informações são do colunista Upiara Boschi, do jornal Diário Catarinense.

 

 

 

CONTRAPONTO

Bauer emitiu nota nesta quinta-feira, 8, negando qualquer responsabilidade sobre a acusação.

 

Leia a íntegra da nota.

“Como sempre, defendo que a Justiça cumpra o seu papel e que os órgãos de investigação realizem com isenção e liberdade total o trabalho que a Constituição Federal lhes atribui.

Surpreendido no final desta tarde com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre investigação referente a um suposto envolvimento com a empresa Hypermarcas, venho com tranquilidade prestar os seguintes esclarecimentos:

Apesar de não ter conhecimento do teor do despacho e do processo, tomei conhecimento pela imprensa de que a decisão do Supremo Tribunal Federal tem relação com a delação pela qual diretor da empresa acima citada afirma que recebi recursos não contabilizados para a campanha eleitoral entre agosto de 2013 e dezembro de 2014. A respeito disso, registro que:

1. em 2013, não era candidato e nem realizava ações para tornar-me candidato no ano seguinte.

2. ao fim de 2014, não poderia ter recebido – e não recebi – qualquer valor, pois não fui vitorioso no pleito daquele ano.

3. todos os recursos utilizados naquela campanha foram rigorosamente contabilizados tendo sido as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

4. Tenho a vida pública conhecida, transparente e honrada nos últimos 37 anos. Por isso, quero manifestar total confiança no Judiciário e assegurar aos catarinenses que estou tranquilo sobre minha inocência.”