9 de dezembro de 2020
Folha de S.Paulo
Pazuello prevê 60dias para aprovar qualquer vacina
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou em reunião virtual com governadores de estado que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid-19.
Num encontro tenso, ele bateu boca com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre o que o tucano qualificou de falta de interesse do governo federal na Coronavac, o imunizante chinês que será formulado e também produzido pelo Instituto Butantan.
Motivo de discórdia na reunião, o prazo de 60 dias é previsto nas normas da Anvisa, informa a agência. O artigo 18 da Resolução da Diretoria Colegiada cita a “avaliação da solicitação de registro do medicamento pela Anvisa em até sessenta dias após a submissão, com emissão de notificação de exigência ou parecer conclusivo”.
A agência buscou agilizar o processo, com o método de submissão contínua, na qual os laboratórios enviam os documentos aos poucos e não de uma única vez ao final. No entanto, o prazo máximo para a análise continua o mesmo, legalmente.
Doria e o Jair Bolsonaro (sem partido) duelam politicamente acerca do manejo da pandemia, minimizada pelo presidente, disputa que agora chegou à etapa “guerra da vacina”.
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O Estado de S.Paulo
Pazuello bate boca com Doria e contesta vacinação por Estados
A polêmica sobre a vacinação contra a covid-19 no País provocou discussão pública ontem entre o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Após bater boca com Doria durante reunião com governadores, Pazuello disse, em pronunciamento, que cabe à pasta, e não aos Estados, fazer o planejamento da vacinação. Anteontem, Doria anunciara o início da imunização para 25 de janeiro, mesmo sem ajuda federal. Na reunião com os governadores, Pazuello foi cobrado por Doria sobre a Coronavac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantã. Ele disse que a Anvisa tem até 60 dias para analisar imunizantes. A reunião foi agendada por Pazuello após críticas ao ministério sobre a previsão de início da vacinação em março e por causa da resistência em comprar outras vacinas. O governo vinha apostando no acordo com a Universidade de Oxford e a farmacêutica Astrazeneca para obter doses, mas os testes devem se prolongar.
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O Globo
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