Com exceção do extremo oeste, que baixou para nível alto, todas as outras regiões estão em estágio grave
O Governo do Estado vai publicar nesta quinta-feira, 24, novo mapa de risco de contaminação pelo coronavírus e a novidade é boa. Pela primeira vez desde que o mapa começou a ser divulgado, nenhuma região está em estágio gravíssimo. Com exceção do extremo oeste, que desceu do nível grave para o nível alto, todas as demais regiões (incluindo o Planalto Norte) estão em estágio grave.
Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, disse que “parece que a primeira onde passou”, mas ressalvou que pode haver uma segunda onda. “Nosso mapa mostra uma evolução favorável. É um indicativo do que está sendo feito, de que estamos tendo resultados com isso”, disse o secretário.
“Precisamos entender a demanda da sociedade e as possibilidades de contágio”, ponderou. “Não há de se imaginar que as coisas são estáticas. Estamos em momento diferente da pandemia. Nossos modelos, apesar de muito bem constituídos, precisam sim ser avaliados. Essa discussão existe há semanas para que a gente possa entender onde podemos calibrar a matriz de risco para que atenda melhor o momento em que estamos de certa estabilidade, ainda preocupante, mas que mostra que parece que o pior da primeira onda já passou”, disse o secretário.
Ribeiro falou também sobre Santa Catarina integrar a fila de estados brasileiros para testes de vacinas contra o coronavírus após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “É apenas um momento de avaliação de vacinas para ver se vão trazer de fato o resultado que se espera. Os testes continuam e é isso que estamos aguardando então, entender qual ou quais vacinas iremos adquirir para que a população possa ser imunizada”, disse.
Segundo Ribeiro, existe a expectativa de que a próxima atualização tenha melhorias e mais regiões em alto risco pois as notas dadas às regiões, para classificação, estão mais próximas da cor amarela, que indica risco alto, do que da cor vermelha, que indica risco gravíssimo. Há, também, indicativo de um novo modelo de monitoramento que deve ser divulgado a partir de outubro.
O acompanhamento para o mapa de risco atualmente é feito semanalmente e são calculados a partir da combinação de quatro fatores: isolamento social, investigação, testagem e isolamento de casos, reorganização de fluxos assistenciais e ampliação de leitos. Recomendações são sugeridas aos gestores locais, pelo governo estadual, a partir da classificação de cada região no mapa de risco.