25% da população de Canoinhas recebem auxílio da Previdência Social

Benefícios vão desde aposentadoria até Bolsa-Família e auxílio doença; se emplacar, reforma da Previdência tende a diminuir percentual ao longo dos próximos anos

 

Dos 54.403 moradores de Canoinhas, pelo menos 13.455, ou seja, 25%, recebem algum benefício da Previdência Social. O rendimento mensal corresponde, a maioria, a aposentadorias, seguidas de auxílio doença e bolsa-família. Os dados disponibilizados pelo Ministério da Previdência Social são de 2016 (não houve atualização de 2017 ainda) e não dividem os números por tipo de benefício. Consulta no Portal da Transparência do Governo Federal, no entanto, mostra que no ano passado, 1.875 pessoas receberam mensalmente bolsa-família em Canoinhas. No total, R$ 2,6 milhões foram pagos em bolsa-família em 2016 somente na cidade.

 

No total, R$ 178,3 milhões circularam em 2016 na economia canoinhense advindos de benefícios. Deste valor, R$ 139,2 milhões foram para a área urbana e R$ 39 milhões para a área rural.

 

 

 

 

 

DÉFICIT

O déficit da Previdência, tão propalado pelo Governo como argumento para convencer os deputados e senadores a aprovarem a Reforma da Previdência, mostra-se claramente na região. Canoinhas arrecadou em 2016, R$ 78,1 milhões, ante um gasto anual de R$ 178,3 milhões. Nenhum dos municípios da região apresenta superávit. Mafra, por exemplo, arrecada R$ 59,4 milhões e gasta R$ 162,4 milhões.

 

Se emplacar, a reforma tende a adiar a aposentadoria de muita gente.  O governo cedeu em vários itens em relação a sua proposta inicial, reduzindo a reforma a quatro pontos principais:

  • Idade mínima de aposentadoria, com a regra de transição até 2042; 62 anos para mulheres e 65 para homens (INSS e servidores); 60 para professores de ambos os sexos; 55 anos para policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde;

 

  • Tempo mínimo de contribuição de 15 anos para segurados do INSS e de 25 anos para servidores públicos;

 

  • Novo cálculo do valor da aposentadoria, começando de 60% para 15 anos de contribuição até 100% para 40 anos;

 

  • Receitas previdenciárias deixam de ser submetidas à DRU (Desvinculação de Receitas da União

 

O Governo espera colocar a reforma na pauta do Congresso logo depois do Carnaval, mas admite que precisa de pelo menos mais 40 votos para garantir maioria. Nesta semana, o ministro Carlos Marun afirmou em entrevista ao Diário Catarinense, que a reforma vai à votação mesmo sem maioria. A ideia é expor à população quem está contra a reforma.

 

 

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