29 de março de 2020
Folha de S.Paulo
Nas favelas, moradores passam fome e começam a sair às ruas
Enquanto governo e Congresso ainda devem os detalhes de como farão chegar aos trabalhadores informais a nova ajuda emergencial de R$ 600 durante a crise causada pela Covid-19, a falta de dinheiro e alimentos já atinge em cheio as famílias que vivem na informalidade.
Armários vazios e barracos repletos de adultos e crianças que deixaram de ir às escolas onde recebiam a merenda —sua principal refeição do dia— são a nova realidade em favelas de São Paulo.
Além de comida, faltam itens como papel higiênico, fraldas, sabão e detergente, para lavar as mãos e a louça. Em muitas casas, a porta de entrada é o único meio de ventilação. Na rua, crianças limpam pés e mãos em fios de água que correm nas guias.
O Estado de S.Paulo
Setores essenciais aceleram contratações durante a crise
Na contramão de outros setores da economia e com a maior parte das pessoas em casa, empresas de segmentos essenciais como supermercados, hospitais e farmácias estão contratando trabalhadores. Juntas, as redes Carrefour, GPA e Big abriram mais de 11 mil vagas, entre temporárias e efetivas. Somente o Carrefour anunciou 5 mil postos de trabalho em todo o País. A intenção da rede é reforçar as equipes de atendimento. No setor de saúde, somados, cinco hospitais de São Paulo e do Rio têm mais de 3 mil vagas para serem preenchidas.
Objetivo é suprir a demanda tanto nas unidades tradicionais como nos hospitais de campanha que estão sendo montados em diversos pontos. Analistas dizem, porém, que o movimento de contratações tende a ser pontual.
O Globo
Plano do Ministério da Saúde prevê escolas fechadas e proibição de eventos
Na contramão do discurso do presidente Jair Bolsonaro na semana passada, o Ministério da Saúde apresentou ontem um plano que prevê medidas como o fechamento de escolas e universidades até o fim de abril e a proibição de eventos, como cultos religiosos. O documento também prevê o isolamento social de idosos por três meses. A Justiça em três regiões proibiu atos em defesa da reabertura do comércio. Apesar de ter buscado se alinhar ao presidente, o ministro Luiz Henrique Mandetta criticou os atos e falou na possibilidade de ‘lockdown’ (restrição completa do trânsito de pessoas) em alguns estados.