Pesquisa da CNT classifica SC-477 como “ruim”

Em SC, 63,7% das rodovias têm condição regular, ruim ou péssima, aponta pesquisa                      

 

 

O estado de conservação das rodovias brasileiras piorou em 2017 se comparado com o ano anterior. É o que mostra a pesquisa sobre a malha rodoviária nacional que a Confederação Nacional do Transporte (CNT) realizada anualmente, com apoio do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

 

 

Divulgada nesta terça-feira, 7, a 21ª edição do levantamento aponta que o país precisaria investir quase R$ 294 bilhões para ter uma infraestrutura rodoviária adequada à demanda nacional. Além da queda na qualidade do estado geral das rodovias pesquisadas e da falta de investimentos, a pesquisa identificou 363 trechos de rodovias com pontos que, segundo a CNT, representam grave riscos à segurança dos usuários e queda da eficiência do transporte.

 

 

Ao longo de 30 dias, pesquisadores percorreram 105,8 mil quilômetros – 2,5 mil quilômetros a mais que em 2016. Toda a extensão pavimentada das rodovias federais e as principais rodovias estaduais do país foram avaliadas.

 

 

ESTADO

Nos 869 quilômetros de estradas estaduais avaliados estão o maior problema de Santa Catarina. Os números mostram que 92,8% das rodovias mantidas pelo Estado apresentam condições regulares (29,2%), ruins (53,6%) ou péssimas (10%). Apenas 4,9% estão boas e e 2,3% receberam o conceito “ótimo”. Já as rodovias federais têm condições melhores: ótimas, 14%; boas, 32,9%; regulares, 38%; ruins, 13% e péssima, 2,1%.

 

 

REGIÃO

Na região, a avaliação do trecho da BR-280 que inicia em Porto União e termina em Canoinhas a classificação é regular, enquanto que o trecho Canoinhas a Mafra é classificado como bom. O pior trecho é estadual e liga Canoinhas à BR-116, no entroncamento que dá acesso a Monte Castelo e Papanduva. A SC 477, que está para ser reformada pelo Governo do Estado, é classificada como ruim.

 

 

A SC-477 coleciona problemas, já teve os buracos contados um a um por manifestantes e foi palco de inúmeros acidentes. Recentemente, uma advogada ganhou um processo contra o Estado por ter sofrido acidente na rodovia em decorrência dos buracos.

 

 

Anunciado em abril deste ano, a tão esperada reforma da rodovia não saiu das promessas. O valor de R$ 18 milhões, que serviria para refazer trechos do asfalto, ainda não foi liberado. “Para este ano não sai”, resumiu recentemente para o JMais o secretário executivo regional Aloísio Salvatti.

 

Rolar para cima