Pif Paf assina contrato de compra da Fricasa Alimentos, de Canoinhas

Compra ainda precisa ser avalizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

 

 

A Pif Paf Alimentos informou na manhã desta segunda-feira, 18, que assinou o contrato de compra da empresa processadora de suínos Fricasa Alimentos, sediada em Canoinhas. “A aquisição está em linha com o plano estratégico de crescimento da empresa, a fim de ampliar a capacidade de produção e comercialização de alimentos, expandindo sua atuação no Brasil e no exterior”, diz em comunicado ao mercado.

 

 

 

 

A informação foi confirmada por Antoninho Iagher, um dos três sócios da Fricasa. Ele destaca, no entanto, que a aquisição está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao cumprimento de condições precedentes à operação, o que deve ocorrer em 30 dias. Até a conclusão do processo, as empresas continuam a atuar de forma independente.

 

 

 

“A Fricasa Alimentos manterá normalmente seu funcionamento (produção, comercialização e todas as funções relacionadas), respeitando seus colaboradores, fornecedores, integrados e demais parceiros, clientes e consumidores. A transição ocorrerá de forma gradativa e transparente, sendo que as atuais práticas e políticas comerciais permanecem vigentes e sem qualquer alteração no nosso relacionamento.  Além disso, você ficará informado, durante todo o tempo, sobre os próximos passos do negócio”, diz o Pif Paf no comunicado.

 

 

 

 

 

EXPANSÃO

Iagher não revela o valor da negociação por ainda não ter sido aprovado pelo Cade, mas reforça que Canoinhas tem muito a ganhar com o negócio. “Ainda quero conversar com o prefeito (Beto Passos) e dar a boa notícia a ele”, comemora Iagher. Ele revela que há seis meses não se imaginava que um negócio dessa proporção seria fechado. “Estávamos em ampliação e fomos procurados pela Pif Paf. Há seis meses não imaginávamos que estaríamos transferindo a empresa. Estamos dando um presente para Canoinhas e região, que vai aumentar substancialmente o movimento econômico da cidade”, explica, frisando que os atuais funcionários do frigorífico não serão demitidos. “Pelo contrário, deve haver mais contratações considerando que a empresa tem planos de expansão”, destaca. Hoje o Fricasa abate  média de mil cabeças de suínos diariamente. Logo que a Pif Paf assumir o frigorífico, essa média deve aumentar para 1,4 mil cabeças por dia. Os departamentos financeiro e administrativo do Fricasa ficarão entre seis meses a um ano trabalhando na transição.

 

 

 

 

Sobre a avaliação do Cade, Iagher afirma ser “remotíssima” a possibilidade de embargo à negociação. “Estamos bem tranquilos com relação a isso”.

 

 

 

 

 

A marca Fricasa deve ser mantida, com a agregação de novas marcas considerando que a Pif Paf tem um mix de mais de 400 produtos.

 

 

 

 

 

Iagher diz que vai trabalhar na transição e, depois, descansar.

 

 

 

 

 

Concluindo o comunicado ao mercado, a Pif Paf afirma que “seguimos confiantes no fortalecimento e crescimento sustentável da Pif Paf, em busca de sempre oferecer a melhor qualidade em produtos e serviços. Com a experiência e a tradição de 51 anos de mercado, geraremos mais valor para nossos clientes e parceiros. Assim, enxergamos um futuro ainda mais promissor para todos.”

 

 

 

 

 

 

FRICASA COMEÇOU COMO MUNICIPAL

O Fricasa foi inaugurado em 1964 como Frigorifico Canoinhas S.A. (Sociedade Anônima) ‘Fricasa’. Aos poucos foi aceitando capital privado, até ser totalmente controlado como empresa privada. O Município deixou de fazer parte da sociedade ao vender suas ações para viabilizar a Fundação Universitária em Canoinhas (Funploc), que viria a se tornar parte da Universidade do Contestado anos depois.

 

 

 

 

 

 

 

CONHEÇA A PIF PAF

Divulgação

A história da Pif Paf Alimentos começou em 1968 no Rio de Janeiro. Português naturalizado brasileiro, Avelino Costa, comprou o abatedouro Pif Paf. Maior atacadista de frango vivo do estado, Avelino percebeu uma mudança na sociedade e ali uma oportunidade de negócios. Se para as mulheres recém-chegadas ao mercado de trabalho faltava tempo para os afazeres domésticos, na visão dele, sobravam ideias de como levar àquelas consumidoras mais praticidade: o animal vivo deveria dar lugar ao frango congelado.

 

 

 

Os primeiros passos em direção ao interior de Minas Gerais foram dados por meio de um acordo para o fornecimento de aves com uma cooperativa em Viçosa. Em 1972, em função do seu crescimento, a empresa se transferiu para Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata Mineira, contribuindo o desenvolvimento econômico e social da região. Em 1974, a Pif Paf Alimentos inaugurou a primeira fábrica de rações, em Visconde do Rio Branco, e seu primeiro incubatório, em Pará de Minas, essenciais para o modelo de produção integrada na avicultura em que os parceiros criadores recebem da empresa os pintinhos, ração e assistência técnica para a criação e entrega da ave adulta para o frigorífico.

 

 

 

Voltada para as oportunidades do mercado externo, na década de 1970, a Pif Paf foi pioneira na comercialização de carne congelada para o Oriente Médio. No início dos anos 1980, 95% da produção da Pif Paf eram destinados à exportação. De olho nos hábitos de compra dos consumidores, em meados dos anos 1980, a empresa inovou mais uma vez ao oferecer o frango em cortes.

 

 

 

Nessa mesma época, inaugurou a unidade industrial de embutidos de Viçosa, que hoje, processa também as linhas de bacalhau dessalgado e de desfiados. No fim da década de 1990, a Pif Paf modernizou seu parque industrial e verticalizou a produção de suínos, inaugurando a unidade de abate e industrialização em Patrocínio, incluindo granjas matrizes e fábrica de rações.

 

 

 

No inicio do novo milênio, a empresa ampliou seu portfólio no segmento de massas congeladas – lasanhas, pizzas e pães de queijo – fabricadas em uma moderna planta industrial na cidade de Leopoldina, tornando a Pif Paf uma das principais marcas do mercado brasileiro. Entre 2008 e 2011, a empresa deu um grande salto: a construção do Complexo Agroindustrial de Goiás, para abate e industrialização de aves, composto de matrizeiro, incubatório, fábrica de rações e um dos mais modernos frigoríficos do país.

 

 

Com sede corporativa em Belo Horizonte (MG), a Pif Paf Alimentos possui 10 unidades industriais e doze unidades produtivas, produzindo 22 mil toneladas de produtos acabados por mês, entre cortes de aves e suínos, embutidos e massas. São 11 centros de distribuição, 400 veículos de distribuição agregados e 195 mil entregas por mês com grande efetividade de entregas no prazo. Ao todo, a companhia executa 75 milhões de abates de aves e 500 mil de suínos por ano.

 

 

 

A Pif Paf Alimentos é a maior companhia do setor no estado de Minas Gerais e uma das 10 maiores empresas brasileiras no setor de processamento de aves e suínos, segundo a revista Maiores e Melhores da Exame 2017. Seu mix de produtos contempla mais de 350 itens, entre eles elaborados de carnes, pizzas, lasanhas, pães de queijo e embutidos.

 

 

 

 

 

Além disso, também fornece matéria-prima para a indústria, com suas fábricas de ração, matrizeiros e incubatórios. As unidades estão instaladas no interior de Minas Gerais, em Visconde do Rio Branco, Viçosa, Leopoldina, Patrocínio, Pará de Minas, Pitangui, São José da Varginha, Paula Cândido, Igaratinga.

 

 

 

 

Em Goiás, a Pif Paf está presente em Palmeiras de Goiás e Paraúna (GO). Os centros de distribuição estão localizados em Contagem, Araguari (MG), Jandira (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vila Velha (ES). Há 50 anos no mercado, a empresa hoje conta com 8 mil empregados diretos e 90 mil clientes. Atua abastecendo os principais mercados da região sudeste, sul da Bahia e Goiás. Além do mercado interno, possui habilitação para exportar para 21 países como: Canadá, Singapura, Rússia, Japão, Hong Kong, Argentina, África do Sul, dentre outros.

 

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