Planalto Norte reúne maior parcela de descendentes ucranianos de SC 

Itaiópolis e municípios da região conservam muitas construções e igrejas construídas pela gente polonesa e ucraniana

Mesmo distantes mais de 11 mil quilômetros da Ucrânia, comarcas catarinenses como Itaiópolis, Papanduva, Três Barras, Canoinhas, Mafra e Porto União, na região do Planalto Norte, acompanham com aflição e especial interesse a guerra iniciada pela Rússia naquele país do leste europeu. Isso porque tais cidades concentram a maior parcela de descendentes poloneses e ucranianos em Santa Catarina. 

A assistente social Andréia Espíndola, lotada atualmente na comarca de Palhoça, recorda seu ingresso na profissão, em 2001, quando assumiu cargo na comarca de Itaiópolis e por lá trabalhou por três anos. “Neste período tive a oportunidade de conviver com colegas de trabalho e jurisdicionados de descendência polonesa e ucraniana. Passei dificuldades para pronunciar corretamente nomes de famílias provenientes de terras distantes: Zadorosny, Wielewski, Jastrombek, Wojciechorski, Oribka, (…)”, lembra Andréia.

Itaiópolis e os municípios da região, conta, conservam muitas construções e igrejas construídas pela gente polonesa e ucraniana. “Na localidade de Alto Paraguaçu, por exemplo, encontra-se a Igreja Santo Estanislau, maior igreja da  América Latina construída por imigrantes poloneses, mas é em Iracema onde está instalada a Igreja Sagrada Família do rito bizantino ucraniano, local onde a comunidade cultiva muitas tradições – religiosidade, bordados, danças, culinária e a arte das pêssankas, ovos pintados à mão”. 

Neste momento de guerra na Ucrânia, Andréia diz lembrar sempre dos colegas itaiopolenses, a quem presta solidariedade e, entre muitas orações, desejos de paz no mundo.

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