Mafra tem sete candidatos, recorde em mais de 20 anos; Bela Vista do Toldo e Monte Castelo, dois
A proibição, a partir deste ano, de coligações para eleições proporcionais causou um fenômeno que não encontra precedentes na história recente: um boom no número de candidatos a prefeito em todo o País, o que se repete, também, no Planalto Norte catarinense. Trinta e seis candidatos disputam as dez prefeituras da região, maior número desde a redemocratização do país.
EVOLUÇÃO NO NÚMERO DE CANDIDATOS DESDE 1988
Como cada partido só pode contar com os votos da própria chapa de vereadores, prevaleceu a tese de que é melhor ter um candidato a prefeito para ajudar a puxar votos para a Câmara. Outra razão é a cláusula de barreira progressiva imposta pela reforma de 2017. Ela faz com que as legendas só tenham acesso ao fundo partidário e à propaganda no rádio e na TV se alcançarem um desempenho mínimo nas eleições de 2022: ao menos 2% dos votos válidos para a Câmara em nove estados ou eleger onze deputados em nove unidades da federação. Os partidos se movem com a crença de que mais vereadores elevam as chances de emplacar deputados daqui a dois anos.
A fragmentação foi acelerada ainda pelo faro eleitoral de legendas menores, que viram espaço para crescer diante da derrocada de siglas tradicionais alvejadas por denúncias de corrupção e pela falta de renovação de seus quadros.
No Planalto Norte, Mafra quebrou recorde absoluto de candidatos. Sete candidatos disputam a prefeitura neste ano. Três Barras vem na sequência com cinco candidaturas, seguida de Porto União e Itaiópolis com quatro candidatos cada.
Canoinhas, Major Vieira, Irineópolis e Papanduva têm três candidatos cada. Apenas Monte Castelo e Bela Vista do Toldo polarizaram a disputa em duas candidaturas.
CANDIDATOS DA COMARCA
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