PMDB estadual enfrenta conflito interno

De olho nas eleições 2018, partidários discutem o momento certo de lançar candidatura                                                                                      

 

Uma reunião com pés-vermelhos de alto calibre na segunda-feira, 13, em Joinville, serviu para tentar acabar com qualquer rumor de que o partido está rachado. Na semana passada saíram comentários de que o presidente estadual do partido, Mauro Mariani, quer por o bloco da candidatura própria ao governo em 2018 logo na rua. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira acha cedo demais.

Para temperar ainda mais as divergências, uma ala do partido defende que Udo Döhler seja o candidato a governador, outra que Mariani, pelo mérito de ter respeitado a decisão do partido em 2014.

Senador Dário Berger tentou dar um basta na discussão ao afirmar ao jornal Diário Catarinense que “Udo Döhler chegou ontem no PMDB”. Evocou, inclusive, o finado senador Luiz Henrique da Silveira, alicerce central do PMDB até sua morte em 2015: “O Luiz Henrique disse que no PMDB havia degraus a subir para conquistar o topo do poder”. Berger, claro, é Mariani até debaixo d’água.

Na reunião de segunda-feira, Mariani disse que a partir de abril o partido cai na estrada para ouvir a população, discutir os grandes temas e propor novos caminhos ao Estado, de olho em 2018.

 

A sigla fará encontros nas 36 regionais. “Um novo projeto para Santa Catarina deve nascer do sentimento da sociedade e é por isso que vamos visitar todas as regiões do Estado para ouvir os anseios da população”, destacou Mariani, lembrando que o PMDB saiu fortalecido das eleições municipais, sendo a sigla que mais elegeu vereadores no Brasil e a segunda que mais elegeu prefeitos, proporcionalmente falando.

Udo estava na reunião e demonstrou sintonia com Mariani, mas sobre eleição nada falou. Lembrou que já na próxima semana terá agendas importantes em Brasília ao lado do deputado federal. Tentarão a liberação de US$ 70 milhões já aprovados junto ao BID em 2014. Também buscarão recursos na Defesa Civil Nacional.

 

 

Se um dia fui pobre, esqueci 2

Vereador Dega, de Três Barras, ficou bastante chateado com a repercussão negativa da divulgação de suas fotos festando em Francisco Beltrão. A propósito, ao contrário do que a coluna publicou, no vídeo que circula pelo whats app ele não xinga a pobre da Beth, mas o “Peti”, uma referência a um cabo eleitoral que o trocou na campanha pelo hoje secretário de Obras, Francisco Farias, do PTB, derrotado na disputa pela Câmara. Dega diz que o “Peti” não o apoiou e que, por isso, terá de tapar buracos na cidade.

 

 

Exemplo que poderia inspirar

Vereadora Norma Pereira (PSDB) votou contra o projeto de lei que reduzia o salário dos edis canoinhenses, mas de fato ela já recebe metade dos R$ 8,2 mil mensais. Isso porque ela divide os outros R$ 4,1 mil entre pelo menos quatro organizações não-governamentais da cidade. Se seus colegas seguissem o exemplo teriam uma boa justificativa para enterrar de vez o assunto que tanta polêmica provoca.

 

 

Aonde o prefeito vai…

Prefeito Beto Passos (PSD) pode não ter definido para onde será sua próxima viagem, mas de uma coisa pode ter certeza: o secretário de Habitação, Célio Galeski (PSD), vai junto.

O curioso é que quando colegas de Câmara de Vereadores, os dois travaram discussões épicas. Quando presidente da Câmara, Passos submeteu Galeski a várias derrotas em votações de projetos, além de escancarar os gastos com diárias, das quais Galeski quase sempre liderou.

 

PERGUNTA PERTINENTE:

Que tal cada vereador adotar uma ONG doando parte de seu salário?

 

 

Döhler e Mariani em encontro na semana passada/Divulgação

PARCEIROS?

Mauro Mariani e Udo Döhler se esforçam para demonstrar união e desdizer qualquer comentário de que estariam rachando o partido em torno da candidatura de um e de outro. Na reunião de segunda-feira, 13, os dois anunciaram que estarão juntos em Brasília na próxima semana na busca por recursos para Joinville.

 

 

Sustentando partidos

Os mesmos auditores que investigam os indícios de corrupção nas contas de campanha da chapa Dilma/Temer têm de checar as contas dos diretórios de partidos de todo o Brasil. O próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, admite ser impossível analisar tudo com rigor dado o pouco efetivo e a monumental demanda. Mesmo assim, o TSE detectou que o fundo partidário (meu, seu, nosso suado dinheiro) financiou viagens de jatinho, bebidas alcoólicas, jantares em churrascarias e até contas pessoais dos dirigentes partidários. Só no PTN, há suspeita de irregularidades em 92,7% das contas dos últimos cinco anos.

 

FAÇANHA

Deputados Antonio Aguiar (PMDB) e Darci de Matos (PSD) com o secretário de Saúde do Estado, Vicente Caropreso, selam o acordo que permite a reabertura do Hemosc em Canoinhas. Os deputados deram demonstração de força que certamente lhes renderá dividendos.

 

 

Tem muito prefeito querendo levar o mérito pelo que não conquistou”

Do deputado estadual Antonio Aguiar (PMDB) pisando no calo de algum prefeito da região

 

 

 

 RÁPIDAS

8,77%: Foi o incremento que os Municípios receberam em janeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) na comparação com o mesmo mês de 2016.

 

PERSEVERANTE: O Observatório de Informações Municipais, que levantou os dados, prevê que essa diferença continue subindo em março e abril, podendo passar dos 18%.

 

MUDANÇA: Ex-prefeito Beto Faria (PMDB) está de mudança para Balneário Camboriu para ficar mais perto de Florianópolis, onde está trabalhando na chefia da Imprensa Oficial do Estado.

 

R$ 9 BILHÕES: É quanto o Governo Federal gastou em projetos na área militar em 2016.

 

 

FALANDO EM MILITAR: Jair Bolsonaro (PSC) disse esta semana que vai preencher seu ministério com militares, caso seja eleito presidente da República em 2018.

 

NO RADAR: O Governo Federal colocou a Casan entre 15 estatais que vão passar por estudos de viabilidade sobre concessão à iniciativa privada. O Governo de SC descarta privatização.

 

 

BARREIRA: Projeto de emenda constitucional do deputado João Amin (PP), já com 26 assinaturas, proíbe a privatização da Casan.

 

15%: Foi a queda na decolagem de brasileiros para os EUA entre 2013 e 2016. Efeito da crise.

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